domingo, 13 de junho de 2010

Che sera sera

"Quem canta seus males espanta" assim, rezava a sabedoria popular, muito antes do futebol espectáculo ter descido às televisões.

Nada como uma boa jogada de secretaria ou, um campeonato do mundo para fazer esquecer o quotidiano enfadonho e quantas vezes insustentável.

Neste ano da graça de 2010, joga-se o campeonato do mundo, num país lindíssimo que quase parece isento de problemas enfim … uns bairros de lata, miséria q.b., violência, percentagem assustadora de seropositivos e muitas vuvuzelas para atenuar o clamor das multidões.

O futebol, um dos expoentes da indústria do entretenimento capaz de gerar formidáveis receitas, conseguiu ultrapassar as fronteiras geográficas, culturais, de género. Um jogo que une ricos e pobres na euforia ou, no desespero. Um jogo que iça a bandeira do patriotismo mesmo quando ele anda arredado do dia-a-dia. Um jogo que insufla esperança e auto-estima. Um jogo que torna qualquer lesão numa matéria muito mais escaldante e decisiva que a hipótese de uma bancarrota.

A presença de Portugal – que sigo muito de longe – neste mundial afastou das capas dos jornais e das aberturas dos telejornais a palavra “crise”, e outras igualmente incómodas ”. Agora, o que faz notícia são as conferências de imprensa dos jogadores, a porta do hotel ou, os dramas dos pobres jornalistas que foram assaltados naquela sucursal do paraíso.

Por isso, enquanto durar a presença portuguesa no Mundial, o governo estará quase de férias, a oposição sabendo que o palco lhe escapará, deixa as criticas para melhor altura e, assim, sabendo-se que “enquanto o pau, vai e vem, folgam as costas”, a malfadada crise, a subida de impostos, o desemprego e outras preocupações comezinhas ocuparão um humilde lugar nas preocupações dos portugueses (e doutros povos por esse mundo fora) …pode mesmo acontecer que fiquemos fritos ou assados, mas isso, depois se verá.... che sera sera...

sábado, 12 de junho de 2010

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quo vadis?

5500 anos separam estas imagens.
No topo, o mais antigo sapato que se conhece. Perfeitamente preservado apesar da respeitável idade, foi descoberto numa caverna na Arménia. Feito de uma só peça de couro, este antepassado do mocassin, encontrava-se repleto de erva que ajudou a preservar a forma original.

O sapato representou sem dúvida uma vantagem para todos os que faziam da caminhada um modo de vida.
E hoje?
Interessante o seu "discurso". De comodidade, a símbolo de status, a acessório de sex appeal... o sapato continua o seu caminho. Por vezes não se descortina bem o sentido. Outras, parece encontrar-se a meio de uma lenda medieval....

.... ou, de um refinado objecto de tortura...

... de patamar supremo de comodidade. a objecto de desejo e instrumento de tortura consentida.

sábado, 5 de junho de 2010

Uma vedeta verde

Belíssima foto esta. Só por si um convite para visitar os recônditos da Nicarágua profunda.
Uma foto à beira do pulo que se adivinha lesto.