segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Da necessidade do sal


O processo "face oculta" tem dominado as notícias, e os "mentideros" nas últimas semanas. Mais uma vez, a justiça anda nas bocas do mundo. Regressaram as insinuações de a mão da justiça seria conduzia por ínvios interesses, cujo propósito último visaria atingir figuras do Estado... ora, eis senão quando, um dos nomes mais badalados deste processo vem confessar que recebeu "uma caixinha de robalos". Realmente, esta questão das sucatas cheirava mal desde o início. Está explicado: robalo foi deixado sem sal e, corrompeu-se...

Já Vieira, o visonário e grandiloquente pregador jesuíta, proclamara no seu sermão de Santo António aos Peixes que, "o sal como vós [peixes], tem duas propriedades, [...]: conservar o são e preservá-lo para que não se corrompa." Poderíamos nós, hoje, volvidos que são quatrocentos anos, reler o seu sermão à luz da actualidade? Digamos que a Justiça dos Homens procura separar os bons, dos maus peixes, louvando nuns as virtudes e noutros os vícios. E se isso fosse feito assim, em que cesta caberia o robalo, o singelo robalinho?
Vejamos o que diz a sempre prestável e sapiente wickipedia:
"Alimentam-se de pequenos peixes e crustáceos, especialmente camarões e caranguejos.
Gostam de águas calmas, barrentas e sombreadas, e ficam próximos ao fundo."
Ora, nem mais. Era o que já se desconfiava!

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