terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ver passar os combóios

"Pôr empresas e dinheiro do Estado ao serviço dos interesses partidários é uma vergonha e uma indignidade. O Governo age como dono das empresas públicas, que não é, e paga a propaganda eleitoral socialista com dinheiro dos contribuintes, que não é seu. Trata-se de uma atitude escandalosa que não pode passar em claro", declarou o secretário-geral do PSD." In, Público
Dinheiro e poder eis, uma combinação de que dificilmente se escapa. Sobretudo se o poder é absoluto pois, já se sabe, de um saber de experiência feita que poder absoluto e abuso de poder são frequentemente duas faces da mesma moeda. E isto é tanto mais verdade quanto os eleitores tendem a ter uma atitude de "comer e calar". Existe uma censura pública sim, mas limita-se à conversa de café ou a uma troca de mails. Na hora de votar o infractor é, apesar de tudo o que se disse, premiado.

Este tipo de práticas é usado por gente de todos os quadrantes políticos. Mas, nem por isso é menos condenável. Esta prática vem de longe. Há muito que o PS vem utilizando páginas pagas de jornais diários para sob a aparência de "informação" fazer passar a sua mensagem. Nem vou falar da RTP ... nem do "situacionismo" patente em muitos artigos de opinião de pessoas que são interessadas na matéria e que como tal sob a capa de opinião só podem mesmo transmitir a "voz do dono".

Nas autarquias, temos (por exemplo) o caso do Seixal. O Boletim Municipal, mais não é do que um órgão de propaganda ao serviço da maioria comunista, como já escrevi vezes sem conta. Em vésperas de eleições não me admiraria que, à semelhança do que ocorreu no passado, sejamos surpreendidos nas próximas semanas com um encarte, num jornal ou semanário de prestígio., laudatório do município do Seixal. Mais, certamente a câmara do Seixal irá publicar mais uns folhetos (pagos com o dinheiro dos munícipes, claro está), profusamente ilustrados onde a "obra" será enaltecida pela enésima vez.

Os custos destes investimento propagandísticos são tudo menos claros. O mais que se consegue é a estimativa. Em certas matérias o poder não aprecia excessivamente a transparência... de qualquer forma, não basta aos cidadãos "dizer mal dos políticos", há que aumentar o grau de exigência, há que reprovar este tipo de comportamento venha ele de onde vier.

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