domingo, 2 de agosto de 2009

Irão: revisitar o "Zero e o Infinito"

O julgamento de cem pessoas acusadas de "oposicionistas" com o seu desfile de retratações faz lembrar os piores anos da "cortina de ferro": encarceramento, tortura, retratação pública.
A verdade, é que apesar das restrições à liberdade, das prisões, do medo, das mortes as manifestações continuam e a situação, no Irão, parece longe de estar estabilizada.
Lendo as declarações feitas no tribunal e vendo alguns destes homens e mulheres desfilar em frente das câmaras para se retratarem, não posso deixar de pensar no ambiente kafkiano livro de Koestler, O Zero e o Infinito. Bastaria "persificar" os nomes dos personagens desta trama para nos recordar que numa ditadura é impossível governar inocentemente.

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