[…]
Na vila [Almada] havia assaz de gente que a pudesse defender [contra os castelhanos], e doutros estrangeiros [pessoas de fora da vila] que se acolheram a ela, que se vinham lançar com o Mestre [D’Avis] e não puderam, por azo da frota. Eles tinham mantimentos de pão e vinho e carnes e doutras cousas pêra seis meses e mais; mas não havia outra água, salvo de uma pequena cisterna, e sobre esta foi posta grande guarda dando a cada pessoa por dia uma canada e mais não. […] os da vila saíam fora [de Almada] esperar os castelãos [castelhanos] em certos passos, os quais iam à forragem pelo termo e a Sesimbra; e matavam deles e feriam, em tanto que já não ousavam de ir senão muito juntos. E assim esperavam os que iam os batéis a Arrentela e Amora a roubar, de guisa [maneira] que um dia mataram mais de trinta todos em lama, querendo-se acolher aos batéis e não sabendo o porto.
[...]
Fernão Lopes, Crónica de D. João I, o da Boa Memória, cap. 135
Na vila [Almada] havia assaz de gente que a pudesse defender [contra os castelhanos], e doutros estrangeiros [pessoas de fora da vila] que se acolheram a ela, que se vinham lançar com o Mestre [D’Avis] e não puderam, por azo da frota. Eles tinham mantimentos de pão e vinho e carnes e doutras cousas pêra seis meses e mais; mas não havia outra água, salvo de uma pequena cisterna, e sobre esta foi posta grande guarda dando a cada pessoa por dia uma canada e mais não. […] os da vila saíam fora [de Almada] esperar os castelãos [castelhanos] em certos passos, os quais iam à forragem pelo termo e a Sesimbra; e matavam deles e feriam, em tanto que já não ousavam de ir senão muito juntos. E assim esperavam os que iam os batéis a Arrentela e Amora a roubar, de guisa [maneira] que um dia mataram mais de trinta todos em lama, querendo-se acolher aos batéis e não sabendo o porto.
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Fernão Lopes, Crónica de D. João I, o da Boa Memória, cap. 135
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