Um dos candidatos ao Óscar para melhor filme estrangeiro é Katyn, do polaco Andrzej Wajda.
Trata-se de um filme sobre uma das maiores tragédias da história polaca (que, como se sabe, é fértil em momentos terríveis). Katyn, conta a história do massacre de de 22 000 oficiais do exército polaco pelo Exército Vermelho, sob as ordens de Joseph Estaline, 4 000, dos quais foram fuzilados na floresta de Katyn, no início da II Guerra Mundial.
Wajda, filho de um dos oficiais que pereceu nessa floresta, evoca um tema absolutamente tabu nos tempos do comunismo. Tão absolutamente tabu, que o simples facto de ser descendente de um destes oficiais interditava a frequência das Universidades.
O Exército Vermelho entrou na Polónia 17 dias depois das tropas nazis (17 de Setembro). A Polónia, foi então engolida pelo exército alemão, a oeste, e pelo soviético, a leste. Estava então em vigor o pacto germano-soviético. Após a ruptura deste pacto em 1941, os alemães, ao avançarem para leste descobriram e revelaram o crime soviético na floresta de Katyn. No entanto, durante décadas a versão oficial dos factos foi a de que estes oficiais teriam sido mortos pelos alemães. Durante décadas a verdade só podia ser dita à “boca pequena” por receio de represálias.
Trata-se de um filme sobre uma das maiores tragédias da história polaca (que, como se sabe, é fértil em momentos terríveis). Katyn, conta a história do massacre de de 22 000 oficiais do exército polaco pelo Exército Vermelho, sob as ordens de Joseph Estaline, 4 000, dos quais foram fuzilados na floresta de Katyn, no início da II Guerra Mundial.
Wajda, filho de um dos oficiais que pereceu nessa floresta, evoca um tema absolutamente tabu nos tempos do comunismo. Tão absolutamente tabu, que o simples facto de ser descendente de um destes oficiais interditava a frequência das Universidades.
O Exército Vermelho entrou na Polónia 17 dias depois das tropas nazis (17 de Setembro). A Polónia, foi então engolida pelo exército alemão, a oeste, e pelo soviético, a leste. Estava então em vigor o pacto germano-soviético. Após a ruptura deste pacto em 1941, os alemães, ao avançarem para leste descobriram e revelaram o crime soviético na floresta de Katyn. No entanto, durante décadas a versão oficial dos factos foi a de que estes oficiais teriam sido mortos pelos alemães. Durante décadas a verdade só podia ser dita à “boca pequena” por receio de represálias.
Os factos relativos a este massacre são conhecidos e inegáveis mas só puderam ser estudados a partir de 1989, quando Gorbachtov permitiu a consulta das ordens de Estaline dirigidas a Beria para que este assassinasse os oficiais capturados (ver documentos ).
Katyn, o filme, representa uma oportunidade de compreender não só a história da Europa, e a destruição das elites perpetrada por Moscovo, mas também as mentiras que a propaganda e a ocultação deliberada da história permitem criar.
Reescrever e "branquear" a História é uma tentação. Melhor que justificar é, ocultar e distorcer. O crime da floresta de Katyn é exemplo extremo, mas que merece reflexão. Tal como merecem reflexão as intenções que estiveram subjacentes ao pacto germano-soviético celebrado em 1939.
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