terça-feira, 25 de agosto de 2009

"Veludo vermelho"



Mais uma vez a insegurança é notícia no Seixal:
"Muitos dos moradores da Quinta da Princesa, no Seixal, onde esta noite houve confrontos e troca de tiros entre alguns residentes e a PSP, queixam-se que a polícia intervém neste bairro problemático de forma “racista” e discriminatória”. Neste momento, vários elementos das forças de segurança permanecem no local para assegurar a manutenção da calma, mas a população entende que é a polícia quem provoca e inicia os desacatos.
Uma versão diferente da defendida pela PSP que, em comunicado, explica que foi recebida na passada madrugada “com pedradas e um cocktail molotov”, acabando por trocar tiros com os desordeiros. De acordo com a mesma fonte, os elementos foram chamados ao local depois de ter sido dado um alerta para um incêndio em duas viaturas e em alguns caixotes do lixo. [...]in, Público
Olhando para o concelho de Seixal, tal como nos é apresentado pelo Boletim Municipal, e comparando com os factos que todos os dias enchem as páginas dos jornais nacionais onde cada vez mais o Seixal é protagonista de diversos episódios de violência não posso deixar de pensar no já velho filme (1986) de David Lynch, "Blue Velvet", onde sob a capa da harmonia se escondia uma realidade profundamente violenta.
O ritmo dos acontecimentos e o crescendo de violência que têm implicado não podem deixar de nos fazer reflectir sobre o verdadeiro Seixal. Um Seixal, onde a habitação, a acção social, a segurança, a educação são meros instrumentos de propaganda política sem substância.
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A ler: DN, CM.
E de novo no DN

2 comentários:

FAR disse...

Até agora, de todos os blogs que têm ligação a este artigo do Público, este é o único texto que tem conteúdo. Obrigado.

Anónimo disse...

Tenham vergonha!Como diz LUISA SEMEDO no Diario Noticias "esta foi a forma de alertar para os problemas que aqui se passam...porque nao somos nenhuns bichos".Entao incendeiam carros de pessoas que nao moram no bairro,para alertar que nao sao bichos,mas comportam-se como tal e nao respeitam a vida de cada um.Nos trabalhamos,pagamos impostos e essa gente nao quer trabalhar.Quem vive nos arredores é que sente a insegurança,porque quem vive no bairro,defendem-se uns aos outros