Os séculos XV e XVI foram de enorme importância para Portugal e para o Mundo, foram o primeiro passo para a globalização.
Sabe-se, bastante, relativamente a esta época pois, humanistas, cronistas, poetas, aventureiros, artesãos, artistas… legaram-nos o seu trabalho para que dele laboriosamente pudéssemos reconstituir o seu ambiente. Conhecemos os seus nomes, as aventuras e desventuras, os seus lugares de nascimento e morte, conhecemos as suas ambições, medos, traições, crimes, paixões. No entanto, sobre os magníficos veículos que os levavam até às “sete partidas do mundo” conhecemos pouco. Sobre a tecnologia que permitiu construir barcos para transportarem centenas de pessoas, mercadorias, canhoeiras o nosso conhecimento é insuficiente: as fontes são escassas, a arqueologia é cara e abundam as “histórias” não confirmadas.
Felizmente (para nós) algumas destas embarcações naufragaram e conservaram-se, até hoje, os seus destroços. São fontes de valor inestimável pelo muito que nos permitem aprender.
E, se por fortuna, pudéssemos localizar um estaleiro da época que não tivesse sido engolido pelo rio ou pelo “progresso” muito mais poderíamos aprender sobre as técnicas de construção e, sobre os homens que serrando, martelando e calafetando estiveram na sua origem.
Sabe-se, bastante, relativamente a esta época pois, humanistas, cronistas, poetas, aventureiros, artesãos, artistas… legaram-nos o seu trabalho para que dele laboriosamente pudéssemos reconstituir o seu ambiente. Conhecemos os seus nomes, as aventuras e desventuras, os seus lugares de nascimento e morte, conhecemos as suas ambições, medos, traições, crimes, paixões. No entanto, sobre os magníficos veículos que os levavam até às “sete partidas do mundo” conhecemos pouco. Sobre a tecnologia que permitiu construir barcos para transportarem centenas de pessoas, mercadorias, canhoeiras o nosso conhecimento é insuficiente: as fontes são escassas, a arqueologia é cara e abundam as “histórias” não confirmadas.
Felizmente (para nós) algumas destas embarcações naufragaram e conservaram-se, até hoje, os seus destroços. São fontes de valor inestimável pelo muito que nos permitem aprender.
E, se por fortuna, pudéssemos localizar um estaleiro da época que não tivesse sido engolido pelo rio ou pelo “progresso” muito mais poderíamos aprender sobre as técnicas de construção e, sobre os homens que serrando, martelando e calafetando estiveram na sua origem.
A possibilidade de um estaleiro coevo dos Descobrimentos ter sido instalado nas proximidades da Quinta da Fidalga não é uma fantasia. Trata-se de uma probabilidade que não deveria ser descartada com ligeireza. Os trabalhos que decorrem na marginal do Seixal deveriam ter sido antecedidos por um estudo prévio do local de forma a salvaguardar a eventualidade de ali existirem efectivamente vestígios de estaleiros mais antigos e de interesse histórico. O facto, de se levarem a cabo obras que implicam movimentações de terreno, sem o devido acompanhamento, numa área sensível e potencialmente de interesse histórico é, no mínimo, irresponsável.
Caso, se confirmasse a existência de um antigo estaleiro no local o que faria a Câmara? Lamentava a destruição ou, continuaria a “assobiar para o ar” fingindo não ouvir as preocupações e interrogações que se levantam?
Caso, se confirmasse a existência de um antigo estaleiro no local o que faria a Câmara? Lamentava a destruição ou, continuaria a “assobiar para o ar” fingindo não ouvir as preocupações e interrogações que se levantam?
Mas, mesmo o estaleiro ali existente se pode revestir de interesse, tanto mais que a Câmara Municipal do Seixal permitiu o desaparecimento do antigo estaleiros dos Venâncios -em Amora- que chegou a estar anunciado como mais um pólo do Ecomuseu e que por incúria e irresponsabilidade foi vandalizado e destruído até não restar nada.
2 comentários:
Voilá! Assumo... não consigo igualar nem muito menos superar. Brilhante!
Por favor, não deixe de estar prsente no próximo dia 16 de Fevereiro na Náuticampo. O resultado das suas investigações e reflexões têm sido um contributo de valor incalculável para os defensores da cultura marinheira.
claro que a câmara municipal, já se tinha comprometido a entregar o estaleiro da fidalga a um conhecido empresario de hotelaria de seu cognome"barbas",
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