segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Graffiti, arte ou vandalismo?


MUTO a wall-painted animation by BLU from blu on Vimeo.

Pela blogosfera cá do burgo leia-se, Seixal, vai uma polémica sobre os graffiti (JSD/Seixal, a-sul, Rumo a Bombordo, Velas do Tejo, Revolta das Laranjas). Os graffiti são uma arte (?) urbana, muito antiga ligada ao marketing (já em Roma e Pompeia) e, que por vezes, foi também usada como grito da revolta ou de pertença. A maioria dos graffitis, que vemos nas nossas cidades, são de facto formas de vandalismo e, de poluição visual e, por isso, custa-nos ver promovida esta actividade que na maioria das vezes danifica muros e paredes numa afirmação de domínio do espaço urbano por determinados grupos. O Seixal Graffiti, é promovido pela câmara do Seixal mas, a junta de freguesia de Amora também promoveu, na Quinta da Princesa, um "... workshop [em que] os jovens realizaram a grafitagem do muro do recinto desportivo."

O que me incomóda nos graffitis, para além do aspecto de marcação de território é, a falta de qualidade estética da maioria das obras. Por vezes, trata-se tão somente de estragar as paredes, é o caso dos repetitivos stencils e das assinaturas. Outras vezes, existe uma preocupação institucional: olhemos a rotunda dos peixinhos. Peixinhos tropicais graffitados numa rotunda. Saíram de um aquário? De um filme de piratas das Caraíbas? Não. Tratou-se, antes, de uma forma airosa de "esconder" uma rotunda inqualificável.

Mas, apesar de tudo, de quando em vez encontro imagens que me reconciliam com o graffiti. É o caso deste notável filme de animação.

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