sábado, 20 de junho de 2009

Da burka, ao burkini

Em França discute-se a interdição de usar, em público, vestes islâmicas como a burka e o niqab. Um grupo de 58 deputados, alertou para a necessidade de legislar sobre a matéria. Para estes deputados, de esquerda e de direita, o uso destas vestes é contrário ao espírito da república francesa e, como tal, deve ser interdito.
O uso da burka é um fenómeno regional, com origem no Afeganistão mas, que nos últimos anos se tem alargado a grupos radicais islâmicos (salafitas) e continua a ser marginal dentro do islâme. Em França um número crescente de mulheres usa esta forma de "prisão ambulante" para se deslocar nos espaços públicos.
Esta é uma discussão que causa algum incómodo no tecido social francês (europeu?) pois, o Estado tem a obrigaçãode assegurar a liberdade religiosa, mas também, os direitos à igualdade e à dignidade destas mulheres. Como saber se aquele vestuário é fruto da sua vontade ou, resulta da imposição familiar? Como decidir sobre o vestuário particular de cidadãs de maioridade? Em caso, da aprovação desta lei não ficariam elas confinadas ao espaço casa, tornando a sua prisão ainda mais pesada? A interdição destas vestes não aumentará as barreiras à integração?
E numa altura em que se fala da burka, queria apresentar o burkini. Trata-se de roupa de praia, "modesta", aprovada pelas autoridades islâmicas e, que permite às jovens ir à praia e até nadar. Pode ver outros modelos, aqui.

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