segunda-feira, 6 de julho de 2009

China:a morte saiu à rua


140 mortos, 828 feridos, centenas de detidos, mais de 200 lojas vandalizadas, 14 casas incendiadas, 260 veículos incendiados este, é o balanço dos motins que assolaram Urmqi, capital da região autónoma Uygur.
Da descrição feita pelo China Daliy, nada distinguiria este motim das desordens que também este fim-de-semana eclodiram na Itália em antecipação do G8. Só o balanço final é realmente diferente. 180 mortos.
Claro que neste caso as autoridades afirmam que tudo se deve ao crime organizado. Que tudo foi instigado pelos estrangeiros e levado a cabo pelos criminosos locais...
Ao que parece tudo começou numa fábrica de brinquedos. Trabalhadores Uygures teriam assediado (violado?) uma mulher Han. Em consequência, dois trabalhadores Uygur mortos. Daí à violência generalizada um pequeno passo.
Este é o mais recente episódio de violência inter-étnica numa China de maioria Han apostada em esmagar as outras culturas nomeadamente, na região de Xinjiang onde a maioria da população é muçulmana. Nos últimos anos, a região foi "colonizada" pelos Han que procuram enriquecer com gás e o petróleo ao mesmo tempo que destroem o modo de vida tradicional dos Uygur o que causa natural ressentimento. Repare-se no video. A beleza é sinónimo de modernidade, progresso, betão. A velha cidade foi quase completamente arrasada e substituída por torres...

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