quinta-feira, 9 de julho de 2009

Teias ocultas

"Escutas telefónicas realizadas no processo dos CTT - que investiga suspeitas de gestão danosa e tráfico de influências, entre outros crimes - revelaram aos investigadores contactos entre elementos da Maçonaria, procuradores do Ministério Público e inspectores da Polícia Judiciária." in, DN

"A noticia do Diario de Notícias é muito preocupante e mostra um Portugal cercado pela Maçonaria, sem Justiça.
Hoje um advogado que está nos grandes processos tem de se ir interrogando se os juizes são da Maçonaria, ou se o processo estiver em Inquérito no Mº Pº, se os magistrados ou os PJs são da Maçonaria." in, José Maria Martins
Não há dúvida que o clima que envolve a Justiça é estranho. As suspeições avolumam-se, tomam forma infestam a confiança nas instituições. Por natureza sou adversa a teorias conspiratórias embora, tenha consciência que nos "passos perdidos" da política, da finança, da justiça existem áreas de sombra cuja verdadeira natureza se pretende ocultar.
As eminências pardas não são novidades. Na antiguidade os mistérios, depois consoante as épocas e as ideias predominantes outros mistérios se acrescentaram: templários, maçonaria(s), illuminatti, opus Dei ... não deixam de emprestar o seu cunho oculto, algo sinistro, às entrelinhas dos romances, do quotidiano e da história.
E se as sombras projectadas pelos partidos (sujeitos como estão ao constante escrutíneo público) já é preocupante mais, preocupantes ainda são as movimentações de organizações fortemente hierarquizadas, cuja existência vai para além do romance e se projectam na sociedade sob a forma de teias de interesses inconfessáveis e, que como tal, não podem ser objecto de "declaração". Está criado o ambiente propício a todas as cabalas, num muito conveniente caldo de secretismo que só pode abalar os alicerces da democracia.

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