terça-feira, 10 de junho de 2008

Votar ou comer, eis a questão.

As agências internacionais de auxílio humanitário foram obrigadas a deixar o Zimbabué deixando os milhões de pessoas numa situação de desespero. A partir de agora, o governo tem o monopólio da distribuição de comida (a três semanas das eleições).

A alimentação está a ser utilizada por Robert Mugabe como arma política. Os membros do principal partido opositor ao regime de Mugabe só poderão receber auxílio alimentar se entregarem os seus cartões de eleitor! Assim, numa manobra do mais absoluto desespero Mugabe espera poder inverter o resultado das eleições de Março e manter-se no poder.

Ignóbil e abjecta esta forma de fazer política não é uma invenção do senhor Mugabe, ela tem sido repetidamente utilizada na Birmânia (onde as vítimas do ciclone trabalham, agora, em troca de alimentos), no Darfur, na Etiópia e também, na Ucrânia (Grande Fome de 1932-33), nos Estados Unidos, na Austrália (contra os índios americanos e os aborígenes respectivamente, em finais do séc. XIX).

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