sexta-feira, 9 de maio de 2008

Birmânia, os rios do Inferno

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O ciclone Nargis devastou Burma/Birmânia. Ventos forte e chuvas intensas terão causado, no imediato, cerca de 100 000 mortos, mais de 40 000 desaparecidos, e entre 1 a 5 000 000 de desalojados. A impossibilidade de as agências humanitárias prestarem auxílio às vítimas (devido aos entraves colocados pela Junta Militar receosa de que esta abertura ao exterior leve a uma rebelião), poderá fazer com que esta catástrofe humana atinja proporções ainda mais aterradoras do que o maremoto que varreu o oceano Índico no Natal de 2004.
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Imagens de Satélite difundidas pela Nasa mostram claramente a dimensão dos danos em áreas densamente povoadas (cidades cuja população oscila entre os 100 00 e os 500 000 habitantes) e, onde as cheias e a lama põem, também, em perigo a agricultura (aumentando as preocupações relativas a uma escassez global de arroz, pois uma das zonas mais afectadas pelo Nargis foi o delta do rio Irawadi conhecido como "a tijela de arroz" da Ásia).

Sobre Burma abateu-se o Inferno:

Um regime militar insensível a tudo o que não sejam os seus interesses de perpetuação no poder e, um ciclone que obriga a população a viver lado a lado com a morte: doenças; fome; carência de água potável e de medicamentos … até, as víboras estão a dar a sua contribuição para o cenário dantesco.

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O nome “Burma” deriva do origem indiano “Barma” que foi utilizado pelos portugueses no séc. XVI e XVII para designar esta região - Birmânia. Posteriormente, os ingleses adoptaram a designação “Burma”. Myanmar é oficialmente o nome deste país asiático mas, esta designação não escapa à controvérsia, uma vez que é a preferida pela Junta Miltar (trata-se de um nome literário erudito, ao passo que Burma é mais popular/oral).

1 comentário:

Anónimo disse...

Em Burma manda um governo de fantoches a mando do PC Chinês. A China destaca-se neste início de século nos seguintes países: Tibete, Coreia do Norte, Burma, Zimbabwe, Angola, como se vê a fina flor do entulho...