terça-feira, 13 de maio de 2008

Um Mundo a Preto e Branco


A chanceler alemã, Ângela Merkel, tornou-se no mais recente alvo de Hugo Chavez depois de no passado domingo, no seu programa de televisão semanal, “Alô Presidente”, ele ter afirmado que Merkel era uma descendente política de Hitler.

Estas afirmações, feitas em vésperas da cimeira entre a Europa e a América Latina (que se realizará no Peru), obrigaram Durão Barroso, na sua qualidade de presidente da Comissão Europeia a uma defesa da chanceler alemã. Durão Barroso, veio dizer que “os discursos inflamatórios, populistas e agressivos” do presidente Chavez não contribuem para o esforço de cooperação entre a EU e a América Latina.

Ângela Merkel, terá provocado a ira do presidente venezuelano quando disse que “O Presidente Chavez não fala pela América Latina. Cada Estado tem a sua própria voz e os seus interesses.” A longo prazo, referiu ela, a Venezuela não poderá impedir uma aproximação entre a EU e a América Latina.

Por um lado, vindas de quem vêm estas polémicas afirmações não representam um choque antes fazem parte de um padrão bem estabelecido e, como tal, têm sido desvalorizadas pela imprensa e pelas autoridades alemãs mas, podem ser um entrave para a cooperação entre as duas regiões. Muitas pesssoas, em Caracas, La Paz, Lima, Brasília prefeririam cooperar com Madrid, Lisboa, Paris ou Berlim, a fazê-lo com Wasshington.

Se não fosse esta lamentável sede de protagonismo do presidente Venezuelano, poder-se-ia discutir de que modo o as políticas económicas neo-liberais arrastaram para a pobreza milhões de pessoas nas últimas décadas e, de que forma a intervenção do Estado poderia regular uma melhor distribuição de riqueza assegurando-lhes a qualidade de vida (começando pelos mais direitos básicos) que efectivamente, não têm.

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Enquanto isto, José Sócrates partiu para a Venezuela em visita oficial acompanhado por 80 empresários de diversos sectores. Saber mais...


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