quinta-feira, 16 de abril de 2009

Manobras na Geórgia

"Russia's foreign minister criticized on Thursday NATO's plans to conduct exercises in Georgia, saying they could give the Georgian regime a sense of impunity, and raise tensions in the Caucasus region." in, Ria Novosti

"The exercises, which have been planned since the spring of 2008, will involve about 1,300 people from 19 Nato and partner countries and will be held at a training centre 20 kilometres (12 miles) east of Tbilisi. The military alliance said in a statement that the exercises had the "aim of improving interoperability between Nato and partner countries." in, Telegraph

As tensões na região estão longe de ter acalmado. A Rússia diz ter estacionado 7 600 homens na Abecásia e Osséssia do Sul mas, a Geórgia estima o número em cerca de 12 000. Algumas destas tropas foram deslocadas para uma área próxima da fronteira com a Osséssia do Sul (a c. de 60 km de Tbilisi) em vésperas das manifestações. Por outro lado, Moscovo, anunciou, em Janeiro, planos para a construção de uma base naval na costa da Abecásia e, avisou que aplicaria sanções aos países que fornecessem armas ou assistência militar à Geórgia.

Ora, este exercício que deverá decorrer entre 6 de Maio e 1 de Junho, na Geórgia, é um teste à determinação da aliança, tanto mais que , na última semana, o governo georgiano tem enfrentado, nas ruas de Tbilisi, os manifestantes que pedem a demissão do presidente Saakasvili.

Há um ano a NATO proclamou que a Ucrânia e a Geórgia seriam no futuro membros da NATO, uma posição que os seus líderes reafirmaram já depois da "Guerra Olímpica", tal como reafirmaram que não dariam à Rússia o direito de escolher os membros da aliança. A contestação de Moscovo aos exercícios na Geórgia era certa, nem poderia ser de outro modo. Tal como é certo que a NATO terá de cumprir o calendário sob pena de perder a sua credibilidade na região... para a Geórgia, a Nato é um garante dos seus sonhos de independência e de democracia.

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