sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Balanço de poder


O relacionamento Medvedev-Putin, tem intrigado os observadores. Os rumores abundam. Cumplicidade ou conflito eis, a questão que se põe. Saber em que medida os recentes acontecimentos no Cáucaso influenciaram o balanço de poder entre os dois homens, poderá contribuir para perceber melhor os bastidores da política russa.

Uma sondagem realizada pela Fundação da Opinião Pública e analisada no Argumentos da Semana por Mikhail TULSKY, revela que a "confiança" no presidente Medevdev, subiu nas duas semanas seguintes ao início do conflito na Geórgia de 45 para 54%, no mesmo período registou-se uma quebra de 28 para 24% dos que “só parcialmente confiam” nele e, de 14 para 11% dos que “não confiam”. Saldo muito positivo para Medvedev. Durante o mesmo período, a popularidade de Putin subiu de 68 para 72%. Tulsky, sublinha que a taxa de crescimento da popularidade de Medvedev é muito superior à de Putin, o que, pode ser explicado pela predominância de Medevdev nos media russos. Assim, de acordo com o sistema de análise da agência Interfax, o nome de Medvedev é citado 6635 vezes contra apenas 4662 de V. Putin. A larga distância aparecem os nomes, “hostis”, dos presidentes da Geórgia e da Ucrânia.

No mesmo artigo, é analisada a sensibilidade da opinião pública russa relativamente ao conflito com a Geórgia e ao reconhecimento da independência da Abecásia e Osséssia do Sul. Os russos, mostram-se muito favoráveis à forma como o “dossier Geórgia" foi conduzido, as taxas de aprovação oscilam entre os 75 e os 85%, o que também é reflexo do alinhamento dos media russos com as posições assumidas pelo Kremlin.

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"Nicolas Sarkozy, que se desloca à Rússia segunda-feira para obter do Presidente russo, Dmitri Medvedev, avanços na aplicação integral do acordo de paz"

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"Dick Cheney, exprimiu hoje em Kiev o seu apoio à ambição ucraniana de aderir à NATO"

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"O navio de guerra USS Mount Whitney, da VI frota da Marinha americana, chegou hoje ao porto georgiano de Poti […]

A Rússia apressou-se a criticar esta chegada do navio a águas georgianas..."

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