sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Tempo de fazer charme

Lavrov na Polónia
(com o minstro dos negócios estrangeiros polaco)

As autoridades russas têm-se desdobrado em contactos para procurar recuperar o capital de simpatia que a intervenção na Geórgia lhes custou.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, S. Lavrov escreveu esta semana um artigo para o jornal polaco Gazeta. As suas palavras dirigiam-se, de facto, a um público mais vasto – o ocidente. Neste texto, Lavrov diz que “Nós pretendemos aprofundar as nossas relações com os países com os quais a Rússia tem ma relação de amizade tradicional (eufemismo para “zona de influência”).
Lavrov esteve esta semana em Varsóvia depois de ter considerado cancelar esta visita. Mas, fê-la para mostrar que Moscovo pretende regressar “à normalidade”, por isso, escolheu deliberadamente a Polónia para marcar esse regresso. A intenção de Moscovo era a de mostrar a face humana da Rússia evitando a imagem do “monstro devorador” que se lhe tem (re)colado nas últimas semanas e ao mesmo tempo conquistar os apoios que lhe vão faltando.

Também Putin procura limitar os estragos feitos à imagem internacional da Rússia. Ontem, esteve presente num jantar, em Sochi,onde estiveram também muitos russófilos.Foram três horaas de conversa. Na altura,Putin afirmou que "... gosta mais de Bush do que muitos americanos...” e pediu um minuto de silêncio pelas vítimas do 11 de Setembro.

“… he [Putin] described as Russia being "embattled and encircled" by a "hostile West", accompanying his compaints with occasional sighs of frustration. Mr Putin said that Russia strongly opposed Nato membership for its western neighbour but for the first time said that if the Ukrainian people voted to join Nato, "that would be their decision". In which case, "so be it", he added. This was a sharp change from his position two years ago when he accepted Ukraine might join the EU but expressed outright opposition to it joining Nato. Texto integral
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Ao charme junta-se uma outtra componente: ao que parece a Rússia está a retirar
e fala-se até da possibilidade da população georgiana poder regressar às suas casas (se bem que o grau de destruição...) e até participar na administração do território

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