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Os filhos de imigrantes na Finlândia são integrados em grupos onde o finlandês (ou sueco) é ensinado como segunda língua mas acompanham o curriculum normal podendo ainda ter direito a “aulas de apoio” na sua língua materna.
Para estes alunos a avaliação pode ser quase inteiramente feita na oralidade.
A população finlandesa é, sem dúvida, mais homogénea que a portuguesa. O número de imigrantes é bem mais reduzido e por este motivo é possível oferecer estas e outras condições aos alunos recentemente integrados no sistema. Portanto, salvaguardadas as devidas proporções comparemos ainda assim o que é oferecido aos alunos que nos chegamos das sete partes do mundo todos os dias. Muitos são lançados para a escola como os cristãos para o circo romano. Sem qualquer preparação. O choque de culturas é tal que o espanto é que apesar disso alguns consigam ser bem sucedidos. O investimento nestes alunos é mínimo. As condições que lhes são oferecidas para se integrarem e para aprenderem a língua portuguesa são … mínimas. No final do ano, um destes alunos terá 30 horas de apoio? Mesmo contando com pedagogias diferenciadas, o “estudo acompanhado”, e o PLNM continuamos a ter um claro déficit no apoio a estas crianças e jovens.
Interessante comparar com os dados do Eurydice para Portugal e questionar quantos mediadores socioculturais estão efectivamente nas escolas, se o uso dos 90 minutos do Estudo Acompanhado são produtivos para estes alunos, dado que as condições não são frequentemente as melhores, quanto aos tutores (45 min/semana) … aos cursos do ACIDI e, aos dos Centros de Formação Profissional…
1 comentário:
Na Suíça o sistema de integração dos alunos é semelhante ao finlandês e os alunos também podem frequentar cursos de lingua materna.
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