De acordo com os dados do Eurydice sobre a Finlândia, quando uma criança ou jovem chega ao sistema de ensino finlandês pode ser integrado num grupo transitório que tem por objectivo a sua plena integração. O apoio que recebe é flexível de acordo com as suas necessidades específicas indo ao ponto de consagrar a aprendizagem da língua materna. Durante esta fase transitória o aluno (na escolaridade obrigatória) recebe alguma instrução básica sobre a cultura e língua finlandesa (ou sueca), e da sua própria língua materna. O tempo mínimo atribuído aos alunos para se “ambientarem” é de 450 (faixa etária dos 6-10 anos) a 500 horas (para os mais velhos). Os alunos podem desde logo ser integrados em algumas disciplinas curriculares como educação física, artes, música.
Os filhos de imigrantes na Finlândia são integrados em grupos onde o finlandês (ou sueco) é ensinado como segunda língua mas acompanham o curriculum normal podendo ainda ter direito a “aulas de apoio” na sua língua materna.
Para estes alunos a avaliação pode ser quase inteiramente feita na oralidade.
A população finlandesa é, sem dúvida, mais homogénea que a portuguesa. O número de imigrantes é bem mais reduzido e por este motivo é possível oferecer estas e outras condições aos alunos recentemente integrados no sistema. Portanto, salvaguardadas as devidas proporções comparemos ainda assim o que é oferecido aos alunos que nos chegamos das sete partes do mundo todos os dias. Muitos são lançados para a escola como os cristãos para o circo romano. Sem qualquer preparação. O choque de culturas é tal que o espanto é que apesar disso alguns consigam ser bem sucedidos. O investimento nestes alunos é mínimo. As condições que lhes são oferecidas para se integrarem e para aprenderem a língua portuguesa são … mínimas. No final do ano, um destes alunos terá 30 horas de apoio? Mesmo contando com pedagogias diferenciadas, o “estudo acompanhado”, e o PLNM continuamos a ter um claro déficit no apoio a estas crianças e jovens.
Interessante comparar com os dados do Eurydice para Portugal e questionar quantos mediadores socioculturais estão efectivamente nas escolas, se o uso dos 90 minutos do Estudo Acompanhado são produtivos para estes alunos, dado que as condições não são frequentemente as melhores, quanto aos tutores (45 min/semana) … aos cursos do ACIDI e, aos dos Centros de Formação Profissional…
Os filhos de imigrantes na Finlândia são integrados em grupos onde o finlandês (ou sueco) é ensinado como segunda língua mas acompanham o curriculum normal podendo ainda ter direito a “aulas de apoio” na sua língua materna.
Para estes alunos a avaliação pode ser quase inteiramente feita na oralidade.
A população finlandesa é, sem dúvida, mais homogénea que a portuguesa. O número de imigrantes é bem mais reduzido e por este motivo é possível oferecer estas e outras condições aos alunos recentemente integrados no sistema. Portanto, salvaguardadas as devidas proporções comparemos ainda assim o que é oferecido aos alunos que nos chegamos das sete partes do mundo todos os dias. Muitos são lançados para a escola como os cristãos para o circo romano. Sem qualquer preparação. O choque de culturas é tal que o espanto é que apesar disso alguns consigam ser bem sucedidos. O investimento nestes alunos é mínimo. As condições que lhes são oferecidas para se integrarem e para aprenderem a língua portuguesa são … mínimas. No final do ano, um destes alunos terá 30 horas de apoio? Mesmo contando com pedagogias diferenciadas, o “estudo acompanhado”, e o PLNM continuamos a ter um claro déficit no apoio a estas crianças e jovens.
Interessante comparar com os dados do Eurydice para Portugal e questionar quantos mediadores socioculturais estão efectivamente nas escolas, se o uso dos 90 minutos do Estudo Acompanhado são produtivos para estes alunos, dado que as condições não são frequentemente as melhores, quanto aos tutores (45 min/semana) … aos cursos do ACIDI e, aos dos Centros de Formação Profissional…
1 comentário:
Na Suíça o sistema de integração dos alunos é semelhante ao finlandês e os alunos também podem frequentar cursos de lingua materna.
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