sexta-feira, 21 de março de 2008

Olimpíadas dos Genocídios

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Quando a expressão, “Olimpíadas do Genocídio”, foi pensada destinava-se a sublinhar o problema do Darfur e da troca de petróleo Sudanês por armas chinesas que depois eram utilizadas contra a população civil do Darfur - a China forneceu ao Sudão, em 2005, armas no valor de 83 milhões de dólares, números oficiais. Além de que, a China utiliza o seu veto para bloquear no Conselho de Segurança das Nações Unidas todas as resoluções contra o Sudão … o que causa um embaraço crescente a esta organização tanto mais que as autoridades sudanesas não se coibiram de atacar directamente um comboio das N.U., além de que impediram diversos países de se juntarem às forças das N.U. presentes no terreno e, bloqueiam sistematicamente comunicações, voos, etc., impondo uma série de limitações humilhantes à força internacional de manutenção da paz.
Agora até os sites internacionais onde a questão do Darfur é discutida – Save Darfur - parecem estar sob mira dos hackers chineses ou das próprias autoridades chinesas. Estarão as autoridades chinesas por detrás destes ciber-ataques, em vésperas dos jogos Olímpicos?

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O que esconderá a China, no Tibete?
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Os Jogos Olímpicos, representam para a China um marco histórico de reconhecimento de grande potência mas, representam igualmente, um desafio dado o seu cadastro em termos de direitos humanos. E se as autoridades chinesas já tinham sentido o incómodo da demissão de Steven Spielberg em resultado da incapacidade da China para pressionar o Sudão, maior incómodo sentem agora com uma questão que prefeririam que fosse interna, a questão do Tibete. A recente decisão de Gordon Brown de receber o Dalai Lama, a possibilidade do Dalai Lama viajar para a China, as pressões sobre o Comité Olímpico Internacional para boicotar os jogos, as pressões (discretas) dos patrocinadores (Coca-Cola, McDonalds, etc.) que não querem ser associados à repressão dos tibetanos e, as imprevisíveis acções dos atletas que se começam a organizar para causar ainda mais dores de cabeça às autoridades. Isto claro está, não falando dos muitos jornalistas estrangeiros que estarão no local procurando cobrir todo o acontecimento e globalizá-lo e, ainda, dos muitos espectadores munidos de telemóveis, internet...

As Olimpíadas poderão forçar a China a mostrar o seu verdadeiro rosto, tal como os Jogos de Berlim de 1936 mostraram o rosto da Alemanha nazi.
O desafio, que o espírito olímpico enfrenta neste ano de 2008, é o de contribuir para que a China se torne num país respeitador dos Direitos do Homem.

1 comentário:

Anónimo disse...

Suspeito que os muçulmanos do Turkistão irão dar mais dores de cabeça aos ocupantes chineses que os pacíficos tibetanos...