The Independent
O crescente número de crianças e jovens que se sentem deprimidos e ansiosos está a causar profunda preocupação entre os professores e educadores, em Inglaterra. As pressões que os jovens sofrem face à sociedade moderna são apontadas como as causadoras deste estado de coisas. Disfunções sociais e famílias separadas estão a prejudicar o desempenho das crianças nas escolas.
Entre as conclusões do congresso da ATL (Association of Teachers and Lecturers) fala-se do crescente número de alunos que se suicidam devido a “pressões académicas, e sociais” designadamente as que são exercidas pelos pares. Afirma-se ainda que muitas crianças não conseguem aprender devido ao stress a que estão sujeitas. Numerosos estudos apontam para o crescimento deste fenómeno sobretudo, nas escolas básicas onde os comportamentos anti-sociais, o materialismo e o culto da celebridade está a “matar” a infância.
Outros relatórios apontam as políticas educativas como as responsáveis por este estado de coisas. Um sistema rígido de testes de aferição e a constante necessidade de atingir objectivos estará a levar um crescente número de alunos a sentirem-se alienados dentro da sala de aula pois, os professores passam demasiado tempo a “ensinar para os testes” pelo que deixou de haver tempo para a brincadeira e o divertimento no curriculum do ensino básico, em resultado disso as crianças estão cada vez mais ansiosas e tristes. Algumas escolas estão até a introduzir aulas de “Felicidade” .
O primeiro passo para a solução do problema poderá estar na redução dos trabalhos de casa nos ensinos básico e secundário. Desde 1997 que foram definidos padrões para os TPC’s das crianças e jovens entre os 4 (c. 20 min. /noite ) e os 16 anos (entre 90min a 2H/ noite) o que tem constituído também uma pressão para os professores. De resto, o nível de exigência não se tem repercutido positivamente na qualidade do ensino, a Inglaterra caiu vários lugares neste ranking que continua a ser liderado pela Finlândia.
O governo Trabalhista mantém-se, no entanto, firme nas suas políticas rejeitando as críticas e afirmando que “2008 é um óptimo ano para ser criança.”
Num momento em que se proclamam as virtudes da “escola a tempo inteiro”, que obriga à permanência das crianças em full-time dentro do espaço-escola, deveríamos reflectir sobre as consequências desta decisão para a qualidade de vida dos mais jovens e, se esta conversão das escolas em “armazéns de crianças” onde o “conhecimento” é o pretexto para as manter fechadas cinco dias por semana, se traduzirá numa mais-valia para o seu futuro enquanto cidadãos e enquanto pessoas.
Entre as conclusões do congresso da ATL (Association of Teachers and Lecturers) fala-se do crescente número de alunos que se suicidam devido a “pressões académicas, e sociais” designadamente as que são exercidas pelos pares. Afirma-se ainda que muitas crianças não conseguem aprender devido ao stress a que estão sujeitas. Numerosos estudos apontam para o crescimento deste fenómeno sobretudo, nas escolas básicas onde os comportamentos anti-sociais, o materialismo e o culto da celebridade está a “matar” a infância.
Outros relatórios apontam as políticas educativas como as responsáveis por este estado de coisas. Um sistema rígido de testes de aferição e a constante necessidade de atingir objectivos estará a levar um crescente número de alunos a sentirem-se alienados dentro da sala de aula pois, os professores passam demasiado tempo a “ensinar para os testes” pelo que deixou de haver tempo para a brincadeira e o divertimento no curriculum do ensino básico, em resultado disso as crianças estão cada vez mais ansiosas e tristes. Algumas escolas estão até a introduzir aulas de “Felicidade” .
O primeiro passo para a solução do problema poderá estar na redução dos trabalhos de casa nos ensinos básico e secundário. Desde 1997 que foram definidos padrões para os TPC’s das crianças e jovens entre os 4 (c. 20 min. /noite ) e os 16 anos (entre 90min a 2H/ noite) o que tem constituído também uma pressão para os professores. De resto, o nível de exigência não se tem repercutido positivamente na qualidade do ensino, a Inglaterra caiu vários lugares neste ranking que continua a ser liderado pela Finlândia.
O governo Trabalhista mantém-se, no entanto, firme nas suas políticas rejeitando as críticas e afirmando que “2008 é um óptimo ano para ser criança.”
Num momento em que se proclamam as virtudes da “escola a tempo inteiro”, que obriga à permanência das crianças em full-time dentro do espaço-escola, deveríamos reflectir sobre as consequências desta decisão para a qualidade de vida dos mais jovens e, se esta conversão das escolas em “armazéns de crianças” onde o “conhecimento” é o pretexto para as manter fechadas cinco dias por semana, se traduzirá numa mais-valia para o seu futuro enquanto cidadãos e enquanto pessoas.
2 comentários:
Fantástico artigo! Concordo plenamente com o que escreve. Sinto que as crianças não têm espaço nem tempo para ser crinças. Sente-se a pressão nas crianças como se fossem adultos. O sistema parece implementado de modo a que isto continue.
Algo há a inverter!
Parabéns pelos seus textos.
Inês
Havemos de discutir os defeitos e as virtudes entre a educação Ateniense e a Espartana.Também havemos de questionar - discutiremos Alcibíades e Heródoto - quem foram os maiores responsáveis pela liquidação da civilização Helénica,...
(digo-lhe eu que nutro por si simpatia virtual): tenha cuidado!olhe que por cá são muitos as estradas que levam a atalhos; olhe que ainda nos falta muito para nos podermos olhar ao espelho. Se falta!
Quanto mais altas as expectativas maiores as decepções.
Um seu retinto decepcionado
David Oliveira
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