Depois dos recentes relatórios sobre as consequências do modelo de ensino no bem-estar das crianças inglesas o debate centrou-se no bem-estar das crianças. Assim, a municipalidade de Birmingham vai passar a incluir no curriculum a “felicidade” e vai recomendar que as 440 escolas da sua área dêem a máxima prioridade ao bem-estar psíquico das crianças tal como o fazem para a literacia e numeracia.
As crianças de Birmingham irão assistir a reuniões destinadas a servir de “barómetro emocional”, onde serão encorajadas a exprimir os seus sentimentos e preocupações. Serão também preparadas para melhorar as suas competências em matéria de comunicação com os seus pares e ainda sobre a forma de se comportarem na sala de aula. Estas medidas poderão incluir a designação de outras crianças como “mentores”. Tudo isto para assegurar uma correcta integração das crianças na escola e fazer diminuir a ansiedade num momento em que as pressões resultantes da escola estão a fazer subir a taxa de suicídios entre as crianças e jovens.
Os estudos mostram que as crianças são crescentemente infelizes na escola e que esta situação resulta da crescente pressão exercida para que elas sejam bem sucedidas nos testes de aferição pelo que os professores têm visto a sua autonomia dentro da sala de aula limitada. Ora, precisamente uma das soluções apontadas é dar maior autonomia aos professores para que estes possam gerir o curriculum e as metodologias adaptando-as, caso a caso. A falta de autonomia dos professores relativamente ao curriculum e às práticas pedagógicas foi uma das razões apontadas para esta a crescente “infelicidade” das crianças e jovens.
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Artigo do The Independent (21/03/2008) sobre a reacção dos professores ingleses contra o excessiva carga de testes a que os alunos são sujeitos.
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