domingo, 2 de março de 2008

Seis anos de cativeiro

.

« Eu sinto que a vida dos meus filhos está em stand by, na esperança de que eu seja libertada, e o seu sofrimento diário faz com que a morte me pareça uma opção doce. » Estas palavras fazem parte de uma das últimas cartas escritas ao seu marido. « Não tenho vontade de nada e creio que essa é a única coisa boa : não ter vontade de nada. » Sobre o local onde está presa, na floresta colombiana, escreve : « uma manhã chuvosa como a minha alma. » Diz ainda : « …estou fatigada de sofrer, de transportar em mim este sofrimento todos os dias, de mentir a mim própria e de ver que cada dia é igual ao inferno da véspera.»



Estado de saúde preocupante

Os quatro reféns libertados na semana passada trouxeram notícias preocupantes sobre Ingrid Bettencourt. Gravemente doente com hepatite B, acorrentada e rodeada de pessoas "que não lhe tornam a vida fácil".
As FARC exigem a troca de um grupo de quarenta reféns, entre os quais Ingrid Bettencourt, contra a liberdade de 500 guerrilheiros.
_____________________
A morte do porta-voz das FARC, Raúl Reyes (aliás, Luis Edgar Devia) ontem, na fronteira com aselva equatoriana, poderá ter vindo complicar a libertação dos reféns. Leia as reações antagónicas provocadas por esta notícia: El Tiempo (Colombia) e também aqui.
_____________________
Slideshow sobre Ingrid Bettencourt

1 comentário:

Ponto Verde disse...

É assim, a prática politica "revolucionária"! O que seria estes bandos no poder?