Assim, Manuel Gouveia justifica: “A tentação é evidente e surge regularmente: porque não assobiámos para o lado? Porque votámos contra? Era tããããão fácil agir «à bloco», ou seja, votar a favor da moção dos partidos de direita e depois considerar o texto que acabam de apoiar com «lamentável a vários títulos». Sempre se podiam salvar uns votozitos desde que a comunicação social ajudasse.
Esta tentação oportunista é permanente. Este nosso colectivo partidário reconhece-a e combate-a todos os dias. Como a Europa está recheada de exemplos, a única diferença entre um comportamento parlamentar oportunista e a total rendição à burguesia, é uma curta diferença temporal. Sabemos que não é fácil lutar e resistir. Sabemos que no Parlamento burguês o partido proletário e internacionalista ficará isolado muitas vezes [coitadinho!!]. Mas esse natural reflexo da luta de classes é ainda um abraço fraterno que transmitimos a todos os que resistem e lutam contra o imperialismo, tantas vezes em condições mais difíceis que as nossas.” (ler na integra).
E leia-se ainda Albano Nunes: “E como teria sido possível às FARC resistir às mais sofisticadas e violentas operações de guerra assessoradas por militares e agentes de segurança norte-americanos e israelitas e tornar-se num factor incontornável à solução dos gravíssimos problemas da sociedade e cujo estatuto de força beligerante urge reconhecer para alcançar uma solução negociada do conflito militar colombiano?” (ler na integra)
Curiosamente, nestes dois artigos não se critica, nem se refere seque, a evolução das posições de H. Chavéz ou de Fidel Castro. Os próprios militantes estão, naturalmente, sujeitos a uma espécie de censura (como apresentar Fidel arvorado numa espécie de “renovador”??). Não se manifestam nem preocupações humanitárias, nem solidariedade. Em momento nenhum a condenação de um método inquestionavelmente criminoso.
Mais uma vez o PCP revela a face (escondida) do totalilitarismo.
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Veja-se, este comunicado das FARC-EP publicado em Portugal.
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