quarta-feira, 23 de julho de 2008

Petrorublos


Chávez esteve esta semana em Moscovo, encontrar-se –á com Juan Carlos e virá também a Portugal onde se espera que o nosso primeiro, à semelhança do que já fez em Angola e na Líbia (não falando na China…) se irá dizer admirador do processo democrático em curso na Venezuela. Mais uma vez, tudo por uns barris de petróleo. Necessidade (dependência) a quanto obrigas!

Mas, dizia eu, que Chávez esteve em Moscovo para falar dos negócios do petróleo e das armas. Nesta viagem, Chávez foi ao ponto de sugerir que no futuro o rublo assuma o papel agora desempenhado pelo dólar o que, apesar da crise financeira, não parece crível e terá sido uma forma de puxar o lustro ao ego russo.

Curiosamente, as conversações, que decorreram no Castelo de Maiendorf, só puderam ser acompanhadas por um número muito restrito de jornalistas o que alimentou rumores de que a diplomacia do Kremlin, e particularmente Medvedev, se sentiria desconfortável como a loquacidade do presidente venezuelano, não só devido às suas tiradas anti-americanas mas também, porque a Rússia tem cultivado o bom relacionamento com a Colômbia.

A Rússia, vendeu nos últimos anos três biliões e meio de dólares em armas à Venezuela. Espera agora vender mais dois biliões. O convite de Chávez, para a instalação de bases russas, na Venezuela, poderá ser uma forma de resposta à instalação de escudos anti-míssil na Europa central.

Actualização: como se vê o petróleo é a alma destas amizades.

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