Após treze anos de espera foi finalmente preso. Desde 1995 que ele era procurado o que o obrigou a abandonar a cena política e a voltar-se para a medicina alternativa. Do mesmo modo, a acusação feita a Milosevic, em 1999, circuncreveu-o a um limitado nímero de fieis, retirando-lhe a margem de manobra necessária para ser chefe de estado e de algum modo, custou-lhe a vida.
Que lições a retirar para o presente e, para o futuro? Na semana passada o presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, foi acusado de genocídio (Darfur) o que levantou um coro de protestos de alguns líderes africanos* e a oposição de países como a China, a Rússia, ou a África do Sul que, agora, estão preocupados com o auxílio às populações quando bastaria terem usado a sua influência, em tempo útil, para que centenas de milhares de vidas tivessem sido poupadas.
A mensagem é clara, apesar da inércia das instituições internacionais, os ventos e as marés políticas mudam, no lugar de Bashir, eu, não dormiria sossegada.
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*a este respeito o Jornal de Angola publica, hoje (24 de Julho), um artigo revelador:
"... [a União Africana] entende que a decisão pode minar os esforços tendentes a promover uma paz durável e a reconciliação em todo o Sudão e, deste modo, causar novos sofrimentos às populações desse país e induzir a uma maior desestabilização, com graves consequências para toda a região." Tanta preocupação com as populações 300 000 mortos e muitas outras barbaridades depois é, comovente!!
E mais à frente apresenta Bashir no "local de trabalho":
Já agora veja-se como é composto o "Conselho de Paz e Segurança [da União Africana] é integrado por 15 países, divididos por cinco regiões, nomeadamente: África Austral (Angola, Zâmbia e Malawi), África do Norte (Tunísia, Argélia e Líbia), África Oriental (Etiópia, Rwanda e Uganda), África Central (Gabão, Burundi e Camarões) e África Ocidental (Nigéria, Burkina Faso e Mali).
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