A operação “Jaque" ["check"] é o mais importante êxito militar do exército colombiano nos últimos anos. A libertação de Ingrid e dos outros reféns teve início no ano passado quando um refém, Jhon Frank Pinchao, se conseguiu escapar de uma zona próxima do rio Apaporis (Vaupés).
Foi a primeira vez que houve notícias directas sobre os movimentos da guerrilha que tinha a seu cargo os reféns, sobre as suas rotinas e as t´cticas que adoptavam. Muita desta informação foi depois complementada quando da libertação de outros reféns no início do ano.
O golpe de misericórdia deu-se quando agentes infiltrados ganharam a confiança do carcereiro das FARC “César” e o convenceram a encontrar-se com o novo líder das FARC, Alfonso Cano para uma alegada troca de prisioneiros. Foi com este embuste que juntaram todos os prisioneiros num helicóptero e, os levaram ao encontro do Nº1 das FARC logrando assim, libertar os reféns.
As notícias foram recebidas com entusismo. As ruas de Bogotá, de Medellín e outras cidades foram invadidas por milhares de pessoas que celebravam estas libertações.
Trata-se de mais um golpe numa organização que parece condenada a desaparecer dada a fragmentação interna e a sucessão de desaires dos últimos meses. Aliás, também ao nível externo o incómodo relativamente às FARC tem vindo a fazer-se notar particularmente depois da descodificação dos conteúdos do portátil do comandante Reyes (ver arquivo do blogue). Sobreviverão as FARC à libertação do seu refém mais emblemático, do seu tesouro?
1 comentário:
Penso que agora as FARC têm os dias contados. Quanto estava ligada à ideologia marxista ainda tinha algum suporte, agora vivendo de drogas, sem apoios externos e sem prisioneiros famosos, pouco lhes restará que não seja abandonar as espingardas e entregarem-se ao exército colombiano.
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