terça-feira, 16 de março de 2010

Saudade do espanto


Quando já nada nos espanta, nem envergonha então, devemos preocupar-nos.

Vem esta reflexão, a propósito, das contínuas revelações que os jornais fazem sobre os prémios e, demais mordomias dos administradores do sector empresarial do estado.

Em época de crise assumida , de cinto bem apertado para a maior parte das famílias portuguesas, os números, chegam a ser ofensivos do pudor.

O mais estranho é que toda esta situação "pantârosa" se tornou de tal forma costumeira que se entranhou.

Já não suscita clamor, nem indignação. Limitamo-nos a "tomar conhecimento".

Aceitámos. Aceitamos.

Até quando?


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