Entre as acesas discussões que a Lei Orgânica da Educação tem provocado, as manifestações anti-chavistas ou, a iminente distribuição da versão venezuelana do Magalhães (equipado com software livre), há uma realidade insofismável: o aumento do custo de vida.
A Venezuela importa 80% dos produtos de consumo e a subida dos preços tornou-se um pesadelo que está a forçar muitas famílias a alterar os seus hábitos de consumo.
No ano passado a inflação atingiu os 30%. Em 2009, segundo as optimistas projecções do governo andará pelos 26%. Os preços disparam vestuário, produtos de higiene pessoal, alimentação tudo se ressentiu.
Neste contexto é fácil entender a urgência do governo de Caracas em limitar a liberdade de expressão*. Controlar a educação e a informação são dois pilares fundamentais para qualquer ditadura, como Kim Jong Il poderia testemunhar. Para se manter no poder Chávez está a proceder à asfixia da sociedade venezuelana ,em simultâneo, os seus defensores utilizando uma linguagem que trai as raízes anti-democráticas do movimento “chavista” tratam de tornar os opositores em não-pessoas, marcá-los com rótulos "estupidos", "bobos"... numa tentativa desesperada de assegurar o apoio "das massas" e procurar manter um simulacro de democracia representativa.
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· Em Julho passado, 34 estações de rádio que operavam “ilegalmente” foram encerradas agora, o ministro das Obras Públicas (e responsável pela Comissão Nacional de Telecomunicações), anunciou o fecho de um lote de mais 29. No total serão 240 rádios e 45 estações de televisão em risco de encerramento.
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