"O cenário parece saído de um país de terceiro mundo: quando o calor aperta em Lisboa, investigadores e técnicos de alguns laboratórios do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) trabalham sob temperaturas que por vezes ultrapassam os 35 graus, a transpirar debaixo de batas, luvas e máscaras. Há arcas frigoríficas que descongelam e equipamentos de diagnóstico que frequentemente dão erro por excesso de temperatura. O problema é denunciado por investigadores e técnicos do departamento de doenças infecciosas do Insa, cansados de reclamar uma solução para a situação que alegam poder pôr em causa a qualidade e fiabilidade dos resultados das análises." in, Públlico
Obviamente, trata-se de uma questão de prioridades. No país do modernismo "prá frentex" - que não se deve confundir com conservadorismos retrógrados-, as condições de trabalho dos investigadores e a qualidade da investigação não dão tempo de antena logo, não são prioritários. Sejamos claros, a distribuição de Magalhães, entre outras coisas, assegura que os nossos mui modernos governantes dispõem de um tempo quase ilimitado nas televisões, jornais nacionais e regionais ... tudo o resto fica oculto na penumbra. Quem se interessaria pelas condições de trabalho dos investigadores? Quantos minutos de televisão? Quantos parágrafos?
1 comentário:
E alarguemos o âmbito de "condições de trabalho", já que nesta Instituição existem também aqueles que para além de sofrer com as condições de ambiente térmico intolerável, sofrem ainda pela instabilidade dos seus vínculos e pelo desconhecimento de saber até quando vão poder aplicar os seus conhecimentos especializados numa área tão importante como a da saúde pública.
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