Do mesmo modo que Artur se reunia no seu Camelot com os seus cavaleiros para prosseguir a demanda do Santo Graal, também os líderes do G20 se reuniram, ontem, com G. W. Bush em Washington para discutirem a forma de relançar as debilitadas economias. Não, ninguém disse que não era possível encontrar o precioso “Graal dos nossos tempos” materialistas simplesmente, esta crise do sistema parece mostrar que chegou a hora de mudar, de se adaptar e foi isso que os 20 líderes do G20, representando 85% da produção mundial começaram a discutir.
Os EUA, debilitados pelo clima de recessão e, em plena mudança de administração puderam, apenas, jogar para o empate e, adiar outras resoluções, lá para a Primavera, quando a nova adminstração já dominar os dossiers. No entretanto, a China e a Índia podem vir a assumir um papel mais importante, nomeadamente através de um incremento do financiamento do FMI (… isto e as suas economias se revelarem resistentes à presente crise).
Durante o encontro o Presidente chinês apelou para que a nova ordem financeira internacional seja mais justa, inclusiva e regulada” e, Manmohan Singh, o primeiro-ministro indiano, fez notar que o Grupo dos Sete já “não corresponde às exigências da situação actual”. “Nós precisamos que qualquer nova arquitectura seja realmente multilateral e assegure uma representação adequada dos países que reflicta as suas realidades económicas”, acrescentou ele.
E nesta conjuntura, apesar das vendas do “Das Kapital” terem disparado na Alemanha (2 milhões de exemplares últimos meses) a morte do capitalismo foi sem dúvida muito exagerada, poderá vir aí uma nova versão, que não será necessariamente melhor que a anterior.
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