A sra. Ministra e seus secretários de estado têm-se distinguido pela prepotência, arrogância e falta sentido de diálogo. Tudo características valorizadas em Democracia. Esta semana, o socialista Manuel Alegre veio confessar-se profundamente “chocado” pelos “tiques autoritários”revelados pela “… a inflexibilidade da Ministra e o modo como se referiu à manifestação, por ela considerada como forma de intimidação ou chantagem, numa linguagem imprópria de um titular da pasta da educação e incompatível com uma cultura democrática”. Concordo, em absoluto com a análise de Manuel Alegre sobre esta questão e, penso que a Ministra e sua equipa estão a ser vítimas do clima de crispação que criaram. De facto, no seu afã “reformista”, quiseram “demonizar” os professores, isolando-os da sociedade e culpando-os de todas as insuficiências da “máquina da 5 de Outubro”, utilizando uma retórica cheia de meias verdades próprias para intoxicar a opinião pública contra estes profissionais, esquecendo que as reformas educativas se fazem “com” e não “contra” os professores, prejudicando a qualidade do diálogo e, aumentando a intranquilidade nas escolas.
Pensaram conquistar alunos e pais com a "escola a tempo inteiro" e com os equipamentos informáticos – Magalhães e quejandos – distribuídos em sessões solenes com honras de discursos e, agora, descobrem com surpresa (consternação? horror?) que, afinal, os alunos estão, eles próprios, insatisfeitos e se manifestam de forma ruidosa, violenta e inaceitável (mas, não nos esqueçamos que a própria minstra deu o exemplo, quem não se lembra destas imagens?) reforçando na rua e, nas capas dos jornais os sinais evidentes de que algo vai mal na educação em Portugal. Aos alunos, soma-se ainda o descontentamento de muitos encarregados de educação que se questionam sobre as "reformas" e se vêem, na prática, desautorizados pelo Estatuto do Aluno (um encarregado de educação responsável, não aprecia de sobremaneira, o facto, de ver o seu educando submetido a uma bateria adicional de provas e de planos, pelo simples facto, de ter consultas médicas num determinado dia da semana) … e, claro, tanto descontentamento somado obriga o Partido Socialista a fazer contas ao impacto eleitoral de tudo isto, até porque existe o risco da contestação social se poder agravar ainda a outros sectores (por isso, pelo sim, pelo não...).
Pensaram conquistar alunos e pais com a "escola a tempo inteiro" e com os equipamentos informáticos – Magalhães e quejandos – distribuídos em sessões solenes com honras de discursos e, agora, descobrem com surpresa (consternação? horror?) que, afinal, os alunos estão, eles próprios, insatisfeitos e se manifestam de forma ruidosa, violenta e inaceitável (mas, não nos esqueçamos que a própria minstra deu o exemplo, quem não se lembra destas imagens?)
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... e hoje nova manifestação de professores,,,, terá reunido 7000 a 20000 manifestantes ... e o alerta de Ferreira Leite...
2 comentários:
caro(a) blogista, nem todos os pais desejam uma escola 24/7, 365 dias ao ano.
Muitos não se querem demitir das suas responsabilidades e sabem que têem de arranjar tempo para os filhos e acautelar o futuro das novas gerações.
Veja a nossa posição em http://www.petitiononline.com/minedupt/petition.html
Divulgue que bem precisamos
Sei disso. Entendo que ao tomar uma medida como a "escola a tempo inteiro" se excluem as crianças de actividades que podiam ser desenvolvidas fora do espaço da escola. Visitarei o V/ site com muito gosto.
A blogista,
Hkt
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