Pergunto-me como reagiria o PS se um caso semelhante se tivesse passado, por exemplo, durante o governo de Santana Lopes. Mais, pergunto-me como reagiria a imprensa.«“Ilegitimamente” e “oportunisticamente”. Assim reagiram, na opinião do
porta-voz do PS, Vitalino Canas, os partidos da oposição à decisão do
procurador-geral da República, Pinto Monteiro, de converter o inquérito sobre as
alegadas pressões a Vítor Magalhães e Paes Faria, os dois magistrados que
investigam o caso Freeport, num processo disciplinar contra o procurador-geral
adjunto Lopes da Mota.» in, Público
Compreendo que o PS pretenda desdramatizar um incidente que é a todos os títulos incómodo e que só vem lançar lenha para a fogueira das desconfianças. Desconfiança relativamente a um primeiro-ministro fragilizado por um leque de “casos” que minam a imagem de honestidade e competência que nos quer infundir; desconfiança relativamente a uma Justiça que além de morosa se revela frequentemente ineficaz e até passível de ser pressionada.
É compreensível a atitude do PS ao desdramatizar mas, arrisca-se a ser devorado pela fogueira em que o caso Freeport se tornou pois, sendo previsível o arrastar deste caso no tempo, seria importante mostrar empenhamento na sua resolução, doa a quem doer.
1 comentário:
Têm sido extremamente lúdico assistir ao facto de muitos daqueles que se hoje se levantam em frenesim para pedir a demissão do visado, foram os mesmos que ontem se batiam pela permanência de Dias Loureiro no Conselho de Estado e justificavam a "protecção" que o Presidente Cavaco lhe deu.
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