sexta-feira, 8 de maio de 2009

À espera de ...

A recente alteração da lei dos partidos políticos criou um conjunto de ondas de choque. Quando, em época de crise económica, os partidos se permitem flexibilizar o seu financiamento incrementando as receitas correm necessariamente, o risco de aumentar (ainda mais) a desconfiança da sociedade civil relativamente ao seu papel.
O anterior diploma sempre mereceu a crítica do PCP, cujas receitas provenientes da festa do Avante ficavam fora-da-lei, aliás, o PCP argumentou recorrentemente que a lei tinha sido concebida precisamente com esse fito. De facto, todas as tasquinhas de comes e bebes que os diversos partidos abrem nas festas e romarias, por este país fora, eram em boa verdade uma ilegais. A recente alteração permitirá ao PCP (e a outros partidos) enquadrar legalmente as receitas provenientes deste tipo de eventos, independentemente, da sua envergadura. Mas, ao permiti-lo, aumenta o volume de receitas e a opacidade das contas em lugar de simplificar e clarificar. Sendo que este deveria ser o objectivo último de todas as leis de financiamento partidário de modo a ultrapassar o clima de suspeição generalizada que paira sobre os partidos.
Curioso tem sido o silêncio incomodado do PCP e, do BE, perante as críticas que têm chovido nos últimos dias de todos os quadrantes.
Pena que o PSD tenha embarcado em alterações cuja interpretação pode ser perversa. Quanto ao PS ...
Aqui está mais uma ocasião para o Presidente da República brilhar, sobretudo depois do que disse no seu discurso do 25 de Abril

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