Um negócio de 790 milhões de dólares. Um negócio que envolveu personalidades francesas e que emanava o fétido odor dos negócios de armas e da do tráfico de influências e da corrupção. Um processo que se reporta a factos ocorridos entre 1993 e 1998 e que começou a ser julgado em Outubro passado.
Alguns dos arguidos fugiram para países onde a extradição é impossível, outros refugiaram-se no silêncio. Angola, opôs-se ao processo por ser "um atentado à sua soberania".
Em Julho 2008, Sarkozy visitou Luanda para "voltar a página dos mal-entendidos dop passado" e, pela mesma altura, o ministro da Defesa endereçou uma carta aos advogados de um dos arguidos, Pierre Falcone (actualmente a viver na China a partir de onde prospera com negócios angolanos ...), na qual afirma que a legislação francesa sobre o comércio de armas não se aplica à actividade exercida por Falcone e A. Gaydamak. Repare-se nisto, é o próprio ministro que assim torpedeia a acusação de tráfico de influências.
Já no tribunal, o procurador do ministério público, falou de um "clima de chumbo", e de "ameaças veladas". De facto, neste processo, que a imprensa portuguesa tem seguido distanciadamente, jogam-se interesses políticos, económicos e estratégicos.
A França, defensora dos direitos humanos, fazia diplomacia paralela vendendo armas (num contexto de guerra civil) que lhe permitiram estar nas boas graças de José Eduardo dos Santos e, por isso mesmo ter acesso ao petróleo...
Enfim, em França, como em outros lugares, apregoam-se principios, leis, processos para "inglês ver" mas, existem bas-fonds imperscrutáveis.
Resta aguardar a sentença.
Alguns dos arguidos fugiram para países onde a extradição é impossível, outros refugiaram-se no silêncio. Angola, opôs-se ao processo por ser "um atentado à sua soberania".
Em Julho 2008, Sarkozy visitou Luanda para "voltar a página dos mal-entendidos dop passado" e, pela mesma altura, o ministro da Defesa endereçou uma carta aos advogados de um dos arguidos, Pierre Falcone (actualmente a viver na China a partir de onde prospera com negócios angolanos ...), na qual afirma que a legislação francesa sobre o comércio de armas não se aplica à actividade exercida por Falcone e A. Gaydamak. Repare-se nisto, é o próprio ministro que assim torpedeia a acusação de tráfico de influências.
Já no tribunal, o procurador do ministério público, falou de um "clima de chumbo", e de "ameaças veladas". De facto, neste processo, que a imprensa portuguesa tem seguido distanciadamente, jogam-se interesses políticos, económicos e estratégicos.
A França, defensora dos direitos humanos, fazia diplomacia paralela vendendo armas (num contexto de guerra civil) que lhe permitiram estar nas boas graças de José Eduardo dos Santos e, por isso mesmo ter acesso ao petróleo...
Enfim, em França, como em outros lugares, apregoam-se principios, leis, processos para "inglês ver" mas, existem bas-fonds imperscrutáveis.
Resta aguardar a sentença.
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