sábado, 28 de março de 2009

Ser ou não ser ... corrupto


"Charles Smith: O primeiro-ministro, o ministro do Ambiente é corrupto.
Alan Perkins: Quando tudo estava a ser construído qual era a posição dele?
Charles Smith: Este tipo, Sócrates, no final de Fevereiro, Março de 2002, estava no Governo. Era ministro do Ambiente. Ele é o tipo que aprovou este projecto. Ele aprovou na última semana do mandato, dos quatro anos. Em primeiro lugar, foi suspeito que ele o tenha aprovado no último dia do cargo... E não foi por dinheiro na altura, entende?Isto foi mesmo ser estúpido..." in, TVI24

«No que me diz respeito, essas afirmações são completamente falsas, inventadas e injuriosas.
Reafirmo, mais uma vez, que não conheço o Sr. Charles Smith, nem nenhum dos promotores do empreendimento Freeport», disse José Sócrates. [...] «Dei já orientação ao meu advogado para agir judicialmente contra os autores desta difamação»..." in, TVI24
A TVI, tem revelado uma capacidade para fazer jornalismo de investigação que é rara nos tempos que correm. Não gostando especialmente, do estilo Manuela Moura Guedes, reconheço, à TVI, frontalidade e coragem, coisa que tem faltado em muitos órgãos de comunicação social. O teor da conversa hoje revelado é de interesse público inegável - o que não lhe confere imediata autenticidade - embora, não acrescente nada de novo. Deu, simplesmente, voz a uma conversa de que todos falavam mas, de que ninguém tinha conhecimento. E nessa conversa são levantadas suspeitas muito graves quanto à pessoa do primeiro ministro...

Campanha negra ou, não as questões incómodas em torno do caso Freeport não param e, ameaçam tornar-se numa bola de neve em véspera de eleições.
De facto, se não houver um célere e cabal esclarecimento dos factos pode estar em jogo mais do que uma maioria ou, uma vitória nas urnas. Por isso, com DVD ou sem ele, será bom que a Justiça apure a verdade dos factos, doa a quem doer.
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"Manuela Ferreira Leite, defendeu hoje que "a sucessão de factos" sobre o caso Freeport "torna premente, para bem do sistema judicial e para bem da democracia, que este assunto seja esclarecido e bem esclarecido rapidamente". in, Público
...e ainda...

1 comentário:

Tomás Vieira disse...

O elogio ligeiro de qualquer investigação por entidades que não podem nem devem ser reconhecidas como agentes de invetigação é apenas uma trapaça.
Mal está o estado que permite que orgãos de comunicação social se substituam às instituições e, no uso das influências que lhes são reconhecidas, julguem, acusem, divulguem elementos de prova de dúbia natureza e desses mesmos elementos de prova originem juízos condenatórios ou prejudiciais a outrém.
Mal está o País que admite que a sua justiça faça as capas dos jornais e as aberturas de noticiários tendenciosos e falaciosos.