No seu impiedoso balanço dos quatro anos de governação socialista Manuela Ferreira Leite falou de "um longo intervalo publicitário". A acusação, dirigida ao executivo rosa não é nova mas, nem por isso deixa de ser justa. As palavras de MFL longe de serem "tremendistas" [?] revelaram uma observação atenta da realidade nacional. Claro está que logo teria de vir a terreiro o ministro da Propaganda digo, dos Assuntos Parlamentares, para em defesa da murcha rosa falar do vazio de ideias num, blá-blá-blá, a que já nos habituámos. A novidade está em que MFL se perfilou como alternativa.
O Público mostra, na sua edição de hoje, uma Sócrates "abaixo de zero". Para a história, ficará como o primeiro-ministro que vestia Prada, assinava uns projectos de engenharia, distribuía Magalhães com software em "português técnico" ... e que era especialista em promessas.
MFL, tem a ingrata tarefa de desmontar uma "campanha rosa", que transformou Portugal num "caso de sucesso" . A questão está em saber se os portugueses querem saber a verdade ou se, pelo contrário, preferem continuar a iludir-se com o canto das sereias. Mais difícil do que apresentar uma proposta alternativa é dar más notícias e, ainda assim, seduzir o eleitorado. MFL, terá de demonstrar que é possível fazer política e, ganhar eleições, dizendo a verdade.
Sem comentários:
Enviar um comentário