... eis a questão.
Imaginemos o que faria Poirot se fosse chamado a deslindar este estranho caso. Pois, certamente que já teria ouvido um dos nomes que surge recorrentemente: José Sócrates. Veja-se, que Poirot, é insuspeito porque, ao contrário de Holmes, não é britânico é belga. Mas, mesmo assim, teria ouvido Sócrates, tê-lo-ia confrontado com as suas memórias, os seus apontamentos ,as suas contas bancárias. Claro, Sócrates seria um dos convocados para a derradeira reunião, aquela em que todas as dúvidas são esclarecidas, todos os culpados são revelados, todos os inocentes são peremptoriamente ilibados.
E quanto às alegadas pressões? As pressões tornaram-se em mais um elemento de suspeição sobre o primeiro-ministro. Se as declarações do tio, as dúvidas sobre o pagamento de “luvas”, as eventuais contas offshore, a divulgação do DVD, poderiam ser resultado da “campanha negra”. Mas as pressões… partindo do princípio que as pressões foram suficientemente graves para justificarem todo este bruaá … essas cheiram a “abafamento rosa”. O arquivamento do processo, não serve os interesses de Sócrates embora, ele possa sentir-se tentado a procurar nas urnas uma legitimação que não obterá, em tempo útil, nos Tribunais. A tentação é grande mas, Sócrates deverá lembrar-se que em política “o que parece é “ e que lhe ficaria melhor neste caso seria uma postura de “quem não deve não teme”, ou será que Sócrates não confia no sistema de Justiça, nem nos seus agentes? Em qualquer dos casos os sinais que Sócrates e a sua entourage enviam para a opinião pública são contraproducentes.
No meio deste emaranhado de teses e antíteses, o que pensaria Poirot?
"Campanha negra"? E nesse caso, quem são os seus obscuros promotores? Quais os interesses que os movem?
"Abafamento rosa", porquê? Quem perderá com a descoberta da verdade e o que teme o PS de Sócrates?
E quanto às alegadas pressões? As pressões tornaram-se em mais um elemento de suspeição sobre o primeiro-ministro. Se as declarações do tio, as dúvidas sobre o pagamento de “luvas”, as eventuais contas offshore, a divulgação do DVD, poderiam ser resultado da “campanha negra”. Mas as pressões… partindo do princípio que as pressões foram suficientemente graves para justificarem todo este bruaá … essas cheiram a “abafamento rosa”. O arquivamento do processo, não serve os interesses de Sócrates embora, ele possa sentir-se tentado a procurar nas urnas uma legitimação que não obterá, em tempo útil, nos Tribunais. A tentação é grande mas, Sócrates deverá lembrar-se que em política “o que parece é “ e que lhe ficaria melhor neste caso seria uma postura de “quem não deve não teme”, ou será que Sócrates não confia no sistema de Justiça, nem nos seus agentes? Em qualquer dos casos os sinais que Sócrates e a sua entourage enviam para a opinião pública são contraproducentes.
No meio deste emaranhado de teses e antíteses, o que pensaria Poirot?
"Campanha negra"? E nesse caso, quem são os seus obscuros promotores? Quais os interesses que os movem?
"Abafamento rosa", porquê? Quem perderá com a descoberta da verdade e o que teme o PS de Sócrates?
2 comentários:
Poirot diria:
- elementar, meu caro Holmes, pois "quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vem."
São tantas as trapalhadas, que não há Justiça que lhe valha.
É caso para perguntar se não será antes uma campanha rosa e um abafamento negro?
Em viagem numa zona rural do país o carro oficial do Sócrates atropela e mata um porco que se tinha atravessado na estrada. Sócrates, depois de contactar um seu conselheiro de imagem, para saber o que haveria de fazer em tal circunstância, chama o chofer do carro e diz-lhe:
«Vais ali àquela quinta onde estão aqueles velhinhos, de onde o porco provavelmente fugiu, e dizes que nós pagamos o dano causado.»
O chofer assim faz: vai ter com os proprietários e fala com eles. Após algumas palavras, estes convidam o chofer a entrar dentro de casa. O chofer demora bastante tempo mas, finalmente, lá aparece; tem o fato amarrotado, a gravata desalinhada e um sorriso de felicidade nos lábios.
Sócrates surpreendido e irritado pergunta-lhe: «Então, porque te demoraste tanto?»
O chofer responde: «Sr. Primeiro-Ministro: fui lá e fiz como me tinha dito; estranhamente, eles ficaram logo muito alegres e quiseram comemorar, abriram uma garrafa de champanhe, ofereceram-me o que de melhor tinham; a filha quando soube, lançou-se nos meus braços, louca, cobrindo-me de beijinhos.»
«Mas o que lhes disseste afinal?» perguntou Sócrates.
O chofer respondeu: «Bem, eu apenas lhes disse que era o chofer do Primeiro-Ministro Sócrates e que tinha acabado de matar o porco...»
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