Qualquer cozinheiro tem os seus truques (também chamados de "segredos") para garantir o sucesso dos seus pratos. O mesmo se passa com os governos e as estatísticas.
As estatísticas permitem aos governos mostrar as alterações positivas do impacto da sua governação. Quando a realidade desafia este objectivo, então, é preciso ser criativo e "trabalhar" os números. Trabalhar os números é "esconder alguns debaixo do tapete", isto é, não os analisar e "apaladar os outros", escondê-los sob uma aparência favorável, de forma, a que eles reflictam a verdade conveniente. É que nem sempre as estatísticas servem a propaganda e, quando isso acontece é preciso "cozinhá-las".
Dito isto, após a divulgação da estatística fica a discussão entre quem a apresenta e quem a desmonta. Mais uma vez, a divulgação de um relatório sobre criminalidade e violência gera a polémica. O relatório da Segurança Interna não poderia dar simultaneamente duas más notícias. Isso seria o reconecimento público do falhanço das suas políticas de segurança. Por isso, optou-se por "dar uma no cravo, outa na ferradura". A criminalidade juvenil desce c. 44% mas, a criminalidade grupal sobe 35% em 2008.
Ora, de que forma o aumento da criminalidade grupal não esconde o aumento da criminalidade juvenil, já que tantos gangs são formados por menores de 16 anos, por isso Nuno Magalhães está correcto ao afirmar que: "aquilo que outrora era cometido individualmente passou a ser cometido em grupo". O aparente sucesso da política de segurança interna deste governo reside numa diminuição de um tipo de criminalidade que está em franca expansão (reconheço que muitos crimes não entram nas estatísticas porque o cidadão comum considera que não merece a pena apresentar queixa, o que também contribui para o divórcio entre a realidade e os números) ... daí que esta reflexão mereça ser feita.
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"Queda abrupta da criminalidade juvenil espanta autoridades..."
As estatísticas permitem aos governos mostrar as alterações positivas do impacto da sua governação. Quando a realidade desafia este objectivo, então, é preciso ser criativo e "trabalhar" os números. Trabalhar os números é "esconder alguns debaixo do tapete", isto é, não os analisar e "apaladar os outros", escondê-los sob uma aparência favorável, de forma, a que eles reflictam a verdade conveniente. É que nem sempre as estatísticas servem a propaganda e, quando isso acontece é preciso "cozinhá-las".
Dito isto, após a divulgação da estatística fica a discussão entre quem a apresenta e quem a desmonta. Mais uma vez, a divulgação de um relatório sobre criminalidade e violência gera a polémica. O relatório da Segurança Interna não poderia dar simultaneamente duas más notícias. Isso seria o reconecimento público do falhanço das suas políticas de segurança. Por isso, optou-se por "dar uma no cravo, outa na ferradura". A criminalidade juvenil desce c. 44% mas, a criminalidade grupal sobe 35% em 2008.
Ora, de que forma o aumento da criminalidade grupal não esconde o aumento da criminalidade juvenil, já que tantos gangs são formados por menores de 16 anos, por isso Nuno Magalhães está correcto ao afirmar que: "aquilo que outrora era cometido individualmente passou a ser cometido em grupo". O aparente sucesso da política de segurança interna deste governo reside numa diminuição de um tipo de criminalidade que está em franca expansão (reconheço que muitos crimes não entram nas estatísticas porque o cidadão comum considera que não merece a pena apresentar queixa, o que também contribui para o divórcio entre a realidade e os números) ... daí que esta reflexão mereça ser feita.
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"Queda abrupta da criminalidade juvenil espanta autoridades..."
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