segunda-feira, 8 de junho de 2009

Os perdedores

Foto via, i
A noite de ontem teve dois perdedores claros.
O PS, de Sócrates, que viu a noite eleitoral de ontem transformar-se no pior cenário pois, contra todas as expectativas perdeu votos, mandatos e não chegou sequer aos 30%. Esta derrota do PS, pune severamente um governo de maioria absoluta, cuja característica dominante tem sido o autismo político.
O outro grande perdedor foram as empresas de sondagens. Mais uma vez, se comprovou a falibilidade das sondagens. Até ao último momento, o PSD manteve-se atrás do PS (com uma única excepção), e o CDS (mais uma vez) desaparecia... agora, o que não se pode deixar de constatar é a incapacidade sistemática de prever os resultados eleitorais mesmo a curto prazo. O que não se pode deixar de verificar é que as sondagens não parecem reflectir o país real ... as sondagens apenas se mostraram capazes de acertar as previsões feitas com dados recolhidos "na boca das urnas" . E nesta medida, sendo o falhanço tão clamoroso, resta perceber o que está mal com as sondagens. De que forma as perspectivas, de vitória ou derrota, têm uma influência subliminar no eleitorado e de que forma poderão, ou não, condicionar os resultados? A incapacidade de acertar nas previsões, mesmo a curto prazo, leva a que se questione o rigor e a imparcialidade destas empresas. Afinal de contas, para obter previsões destas, poder-se-ia sempre ir à bruxa...
Depois de uma noite, com a de ontem, em que os resultados não coincidiram com as previsões a curto prazo, a SIC veio presentear-nos com mais uma. A SIC, insistiu em dar destaque à realidade virtual, assim publicitou uma sondagem que prossegue a mesma linha das anteriores: vitória do PS .... desaparecimento do CDS... blá-blá-blá. Ora, se nem a três dias acertam quanto mais a três meses!...

1 comentário:

Filipe de Arede Nunes disse...

Apesar de o PSD ter sido o partido mais votado, estou em crer que também é um dos derrotados. E porquê?

Bem, os pouco mais de 31% dos votos são um dos mais baixos resultados deste partido na sua história e colocam em causa a governabilidade do país, na medida em que conjuntamente com o PS os dois partidos não chegam sequer aos 60%. É grave, sobretudo com a consistente subida da extrema-esquerda!

Cumpriments,
Filipe de Arede Nunes