A repressão abateu-se implacável sobre os manifestantes no Irão. Dez mortos, mais de uma centena de feridos, estes são os números oficiais. Os manifestantes falam em muitos mais. Falam de feridos que teriam sido retirados dos hospitais para serem eliminados e de um cortejo de outras violências.
O massacre parece eminente, agora que o Líder Supremo perdeu a sua aura e que até ele é contestado, abertamente, nas ruas; agora que os órgãos de informação oficiais apelidam os manifestantes de “terroristas”. Agora, tudo parecerá justificado.
No final de uma semana de manifestações as balas parecem ganhar contra os twitters. Os iranianos estão por sua contra e risco. O ocidente vai dando sinais ténues de apoio e preocupação mas, de facto, só pode ser espectador de uma tragédia anunciada.
O futuro da revolução "verde" iraniana pode de facto estar nas novas tecnologias. Apesar dos bloqueios, os iranianos continuam a alimentar as cadeias de notícias internacionais com os seus relatos na primeira pessoa, com as imagens recolhidas em tempo real … ou seja, a informação circula, apesar de tudo.
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