sábado, 25 de outubro de 2008

Crescente descontentamento = ...


... crescente abstenção

O Secretário-geral do PCP falou ainda da abstenção, que atingiu a taxa mais alta de sempre em eleições regionais nos Açores, chegando aos 53,24 por cento, num sufrágio em que cerca de 100 mil açorianos não votaram.
«O aumento da abstenção não pode deixar de ser lido como um sinal do crescente descontentamento que a política dos governos do PS da República e da Região Autónoma vem gerando e do desencanto face ao agravamento das condições de vida da população, à ausência de resposta para os seus principais problemas e à asfixia da vida democrática nos Açores», afirmou...” in, Avante


Espero que, no concelho de Seixal, se leiam estas palavras e, se faça uma saudável reflexão sobre a abstenção neste concelho onde, nas últimas autárquicas, a abstenção foi de 54,64%, ou seja, num universo eleitoral de 116 478 eleitores, não votaram 62 177... e, é assim ,que se explica que com pouco mais de 24 000 votos o PCP tenha (mais) uma maioria absoluta que lhe tem permitido ser o único decisor num período de mais de trinta anos, e ainda, lhe permite gastar , anualmente, milhares em auto-elogios bacocos, pagos por todos os munícipes, para se perpetuar no poder.


Não posso pois, deixar de concordar com Jerónimo de Sousa. A abstenção, como medida do descontentamento da população, perante a ausência de respostas e a asfixia da vida democrática é bem o espelho do que se passa neste concelho.

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