sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Poder, para que te quero?

Scott Siedman
Head of State

"Luís Mira, secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal, diz que este episódio confirma aquilo que a CAP vem criticando há muito tempo. “Os pagamentos das ajudas aos agricultores em Portugal são feitos de acordo com a vontade política do Governo e não pensando no interesse dos produtores. É uma situação que vimos denunciando há muitos anos”." in, Público

O pagamento dos subsídios aos agricultores açorianos faz-me lembrar as eleições em Angola. De facto, num caso e noutro o poder instituído usa todos os meios para se perpetuar no aparelho de Estado. Autarquias, governos regionais, poder central não olham a meios para alcançar o seu objectivo: assegurar um mandato, depois de outro. Em qualquer parte do mundo isto é sinónimo de uma democracia pouco sã. Pior, é quando estas "chico-espertices" escapam à crítica e provocam tão-somente um encolher de ombros conformista. A generalidade da imprensa, em Portugal, dá estes "eventos" de barato, a maioria dos bem pensantes comentadores da nossa praça, faz um sorriso entre o desdenhoso e o incomodado e , assim, ano após ano, eleição após eleição, o valor da democracia vai-se depreciando aos olhos dos cidadãos.
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Outro exemplo acabado da utilização de dinheiros públicos para promover iniciativas de um partido pode ser vista, aqui.

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