sábado, 4 de outubro de 2008

O Euro a vários tons


As movimentações de Durão Barroso e N. Sarkozy deixaram antever uma abordagem conjunta da crise financeira que afinal não se vai concretizar. A Europa irá continuar a enveredar por uma abordagem que lhe permitirá resolver problemas específicos (precisamente o tipo de abordagem que o FMI pretendia que a Europa evitasse).
O plano holandês, apoiado inicialmente pela França, para injectar no sistema financeiro €300 biliões de forma a resgatá-lo é um cenário afastado. A tese de que devem ser os governos locais a tomar a decisão de resgatar as instituições financeiras baseia-se no facto de se estar a arriscar o dinheiro dos contribuintes. Assim, a mini-cimeira (dos grandes) de hoje irá ser pouco mais que uma troca de ideias e de estratégias para enfrentar o cenário de crise económica e de recessão (já oficialmente reconhecida pela França e que poderá espalhar-se, rapidamente, a outros países). Por cá a abordagem oficial parece continuar a poder classificar-se de "wishful thinking", com os ministros a fazerem figas e a procurarem insuflar um clima de confiança artificial.
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E no rescaldo desta mini-cimeira:
"Selon M. Sarkozy, "en cas de soutien public à une banque en difficulté, chaque Etat membre" du G4 "s'engage à ce que les dirigeants qui ont failli soient sanctionnés"."
in, Público
[...isto dos jornais portugueses citarem Mr. Sarkozy na língua original é ... original!]

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