"O bairro do Jamaica, no Fogueteiro, Seixal, foi anteontem [11 Outubro] palco de um ajuste de contas. Um grupo de jovens de outro bairro deslocou-se propositadamente ao bairro, onde um jovem de 17 anos foi baleado numa perna. [...]"
in, Correio da Manhã
Esta é, apenas, mais uma das notícias sobre a criminalidade neste concelho. De resto, a realidade permanece, muitas vezes, oculta por detrás das queixas que não se chegaram a concretizar e, pelas enganadoras estatísticas.
A formação de gangs organizados nos bairros deste concelho (como noutros) é preocupante. Sem que a sociedade perceba os jovens são sujeitos à violência e, à lógica perversa dos gangs desde muito cedo. As lutas entre os gangs rivais são factores de constante efervescência nas escolas deste concelho, ainda mais quando a Jamaica (Vale de Chícharos) e a Quinta da Princesa, a Boa-Hora... estão a apenas algumas ruas de distância.
Nesta semana, as escolas da Amora foram terreno fértil para boatos. O sentimento de que estaria em curso uma guerra entre a Jamaica e a Quinta da Princesa aterrorizou, certamente, muitos miúdos na hora de ir para escola.
A insegurança, neste concelho, sente-se cada vez mais no dia a dia: nas nossas casas, nas escolas, na rua. Por isso, é urgente reflectir sobre este fenómeno antes que seja demasiado tarde. Antes que o populismo fácil e a xenofobia conquistem simpatias (como aconteceu já em outros países da Europa), antes que viver em segurança signifique "viver em condomínios fechados", espécie de gaiolas douradas, longe dos perigos da vida real.
Não é camuflando, subestimando, ou enjeitando culpas e inventando desculpas que o problema da nossa segurança colectiva se resolve. Trata-se de um problema global para o qual urge encontrar soluções.
A formação de gangs organizados nos bairros deste concelho (como noutros) é preocupante. Sem que a sociedade perceba os jovens são sujeitos à violência e, à lógica perversa dos gangs desde muito cedo. As lutas entre os gangs rivais são factores de constante efervescência nas escolas deste concelho, ainda mais quando a Jamaica (Vale de Chícharos) e a Quinta da Princesa, a Boa-Hora... estão a apenas algumas ruas de distância.
Nesta semana, as escolas da Amora foram terreno fértil para boatos. O sentimento de que estaria em curso uma guerra entre a Jamaica e a Quinta da Princesa aterrorizou, certamente, muitos miúdos na hora de ir para escola.
A insegurança, neste concelho, sente-se cada vez mais no dia a dia: nas nossas casas, nas escolas, na rua. Por isso, é urgente reflectir sobre este fenómeno antes que seja demasiado tarde. Antes que o populismo fácil e a xenofobia conquistem simpatias (como aconteceu já em outros países da Europa), antes que viver em segurança signifique "viver em condomínios fechados", espécie de gaiolas douradas, longe dos perigos da vida real.
Não é camuflando, subestimando, ou enjeitando culpas e inventando desculpas que o problema da nossa segurança colectiva se resolve. Trata-se de um problema global para o qual urge encontrar soluções.
4 comentários:
Diga-se de passagem que não foram apenas boatos que aconteceram nas escolas. Quarta-feira dia 15 de Outubro passaram-se graves disturbios no exterior junto à escola Paulo Da Gama
Sei que os miúdos da Paulo da Gama andavam aterrorizados com a "guerra" entre a Jamaica e a Quinta da Princesa. Na altura, eram só boatos. Como não voltei a ouvir falar do caso, pensei que não passassem disso mesmo. Sendo assim...
Eu sei porque que isto tudo aconteceu, porque ando nessa vida ...
Tudo deveu-se ao ataque de um elemento da Quinta, por parte de um grupo de 15 rapazes da Jamaica, no pavilhão da Cavadas ...
Esse ataque na Jamaica foi um ajuste de contas por esse caso, dos mais velhos ;D
Abraços
Devo relembrar, que uma das competencias mais importantes das Polícias Municipal é precisamente o patrulhamento às escolas.
Curiosamente, o PCP local diz que nada se passa!
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
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