Mapa do território seguro / não seguro desenhado por um rapaz de 11 anos
O Homem, é um animal territorial. Muito se fala sobre as barreiras sociais, sexuais, raciais mas, falamos pouco sobre as fronteiras, o limite entre os territórios e, no entanto, estas fronteiras imaginárias têm um importante papel na nossa vida. Os conflitos territoriais têm gerado grande e pequenas guerras, conflitos de dimensão e gravidade diferentes desde a criação de uma nova municipalidade até à herança de um pequeno terreno...
Se por um lado temos a impressão de que a globalização transformou o mundo numa “aldeia”, por outro lado um crescente número de jovens se vê confinado a um pequeno número de ruas consideradas “seguras” porque fazem parte do seu território. Até, a própria internet vem favorecendo esta tendência pois de algum modo os jovens podem contactar-se na segurança das suas casas através do MSN simplesmente para conversar ou para coordenar acções contra grupos rivais; os jogos on-line organizam os seus jogadores em "clãs" com a possibilidade de coordenar um ataque virtual contra o clã adversário; videos colocados Youtube promovem comportamentos de risco e valores duvidosos … não falando já no comportamento das "estrelas" de futebol ou da música.
Os mais afectados por esta mentalidadede “gang” parecem ser os rapazes entre os 14 e os 17 anos que vivem em áreas carenciadas. Quando não se tem nada, nem se sabe fazer nada o reconhecimento pelos pares pode ser muito importante. Assim, controlar uma rua ou, um beco, estando simplesmente encostado a uma parede pode ser uma forma de se sentir útil ao grupo e de aumentar a auto-estima. Quando se entra num destes bairros não podemos deixar de sentir que de algum modo somos controlados, é essa sensação de domínio do território, de poder, que estes jovens procuram. De resto, alguns destes jovens levam o nome do seu gang para além das “suas” fronteiras aumentando assim a sua visibilidade e o “respeito” de que gozam, muitos graffiti são formas de afirmação de domínio territorial ou, incursões no espaço do outro, verdadeiras declarações de guerra.
Pertencer a um gang traz a segurança de se poder deslocar dentro do “seu” território mas, acarreta também um maior risco de se envolver em actos violentos e criminosos, e consequentemente limita as oportunidades de sucesso no “mundo exterior”. O código de vestuário, a forma como se comportam em sociedade, e o medo de “entrar na no território alheio” tudo isto, afecta a sua motivação para se qualificarem e as oportunidades de emprego.
Estes jovens necessitam de alternativas. Têm de lhes ser mostradas outras formas de obter “respeito”. Estes jovens, necessitam antes de mais de se sentirem seguros (em lugar nenhum, a sensação de insegurança é tão grande como nestes bairros pois, eles temem os “outros” mas, também as represálias do próprio grupo, caso falhem na sua missão) e, precisam de sentir que a sociedade lhes oferece oportunidades iguais*, precisam ainda de contactar com o “mundo exterior” de ter uma vivência para além do “seu bairro” rompendo, assim o ciclo infernal da exclusão e da violência.
Se por um lado temos a impressão de que a globalização transformou o mundo numa “aldeia”, por outro lado um crescente número de jovens se vê confinado a um pequeno número de ruas consideradas “seguras” porque fazem parte do seu território. Até, a própria internet vem favorecendo esta tendência pois de algum modo os jovens podem contactar-se na segurança das suas casas através do MSN simplesmente para conversar ou para coordenar acções contra grupos rivais; os jogos on-line organizam os seus jogadores em "clãs" com a possibilidade de coordenar um ataque virtual contra o clã adversário; videos colocados Youtube promovem comportamentos de risco e valores duvidosos … não falando já no comportamento das "estrelas" de futebol ou da música.
Os mais afectados por esta mentalidadede “gang” parecem ser os rapazes entre os 14 e os 17 anos que vivem em áreas carenciadas. Quando não se tem nada, nem se sabe fazer nada o reconhecimento pelos pares pode ser muito importante. Assim, controlar uma rua ou, um beco, estando simplesmente encostado a uma parede pode ser uma forma de se sentir útil ao grupo e de aumentar a auto-estima. Quando se entra num destes bairros não podemos deixar de sentir que de algum modo somos controlados, é essa sensação de domínio do território, de poder, que estes jovens procuram. De resto, alguns destes jovens levam o nome do seu gang para além das “suas” fronteiras aumentando assim a sua visibilidade e o “respeito” de que gozam, muitos graffiti são formas de afirmação de domínio territorial ou, incursões no espaço do outro, verdadeiras declarações de guerra.
Pertencer a um gang traz a segurança de se poder deslocar dentro do “seu” território mas, acarreta também um maior risco de se envolver em actos violentos e criminosos, e consequentemente limita as oportunidades de sucesso no “mundo exterior”. O código de vestuário, a forma como se comportam em sociedade, e o medo de “entrar na no território alheio” tudo isto, afecta a sua motivação para se qualificarem e as oportunidades de emprego.
Estes jovens necessitam de alternativas. Têm de lhes ser mostradas outras formas de obter “respeito”. Estes jovens, necessitam antes de mais de se sentirem seguros (em lugar nenhum, a sensação de insegurança é tão grande como nestes bairros pois, eles temem os “outros” mas, também as represálias do próprio grupo, caso falhem na sua missão) e, precisam de sentir que a sociedade lhes oferece oportunidades iguais*, precisam ainda de contactar com o “mundo exterior” de ter uma vivência para além do “seu bairro” rompendo, assim o ciclo infernal da exclusão e da violência.
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• Morar num bairro problemático pode significar ficar excluído de um emprego ou, não conseguir obter um empréstimo bancário…
1 comentário:
Eu como um jovem, sem que isso é verdade, aplica-se aqui na Amora e arredores, háá áreas que não podemos meter os pés sem as costas bém quentes ...
Cumpz [[[]]]
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