O alojamento de minorias e populações “carenciadas” em bairros sociais do tipo da Quinta da Princesa, Fogueteiro (34 fogos) ou da Cucena permitirá uma melhor e mais rápida integração dessas comunidades ou, pelo contrário, perpetuará uma situação de dependência face aos poderes púbicos?E quem beneficiará, politicamente, com a perpetuação dos ciclos de pobreza e descontentamento?
É curioso verficar não só a localização periférica da Cucena (falo da Cucena porque a sua construção é recente e poder-se-ia ter optado por outras soluções),mas também, a ausência de equipamentos, de verdadeiros projectos de inserção social e até de higiene (o lixo, que esvoaça em torno da Cucena é bem imagem do abandono daquela população). Nestes bairros, no Seixal como em outros lugares, não foram criadas condições mínimas para a integração da população. As barracas ou habitações degradadas foram simplesmente substituídas por prédios mas, todos os ingredientes para a perpetuação dos ciclos de pobreza e exclusão se encontram presentes.
Vejamos esta “notícia” do Avante!:
“Desde o início que a Câmara Municipal de Loures, então dirigida pela CDU, alertou para a necessidade de complementar o alojamento com equipamentos de ocupação dos tempos livres, jardim de infância, zonas verdes, centro cultural - apoios indispensáveis para a integração dos novos moradores. A Câmara entendeu também como fundamental implementar um programa integrado, para promover projectos de inserção social, com particular incidência junto dos moradores mais jovens. ”
As “culpas” pelos acontecimentos da Quinta da Fonte são atiradas para a câmara de Loures (PS). E se os mesmos acontecimentos se tivessem desenrolado no Seixal?
Nada, do que a CDU/Loures entendeu como fundamental, existe nos bairros sociais do Seixal. Logo, de quem seria a culpa? Seria, naturalmente, do governo (PS ou PSD consoante o momento) porque, deixem-me adivinhar… “o governo não assume responsabilidades e /ou não cumpre promessas…”, o costume, portanto.
O tema “ incumprimento de promessas”, é sempre bom, em altura de campanha para as autárquicas ou legislativas, permitindo "sacudir a água do capote"da câmara que tanto “circo” tem dado aos eleitores e, assegurando por esta via focos de descontentamento contra o “poder central”.
2 comentários:
Parece-me que mais importante do que de quem serão as culpas há que retirar ilações em duas frentes.. em primeiro lugar o que se pode fazer para que neste bairro esta falta de pensamento estratégico seja mudado... e o que é necessário para que noutros, contruidos de raiz, se possa prevenir estas situações!
Parece-me que mais importante do que de quem serão as culpas há que retirar ilações em duas frentes.. em primeiro lugar o que se pode fazer para que neste bairro esta falta de pensamento estratégico seja mudado... e o que é necessário para que noutros, contruidos de raiz, se possa prevenir estas situações!
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