domingo, 24 de agosto de 2008

Falta de ambição - disse ele


(clique na imagem para ver melhor)
Vitalino Canas (PS) – “O ano de 2003 foi o primeiro ano completo em que a condução da política de segurança interna coube integralmente ao presente Governo [PSD/CDS]. […]
O Governo alega que Portugal continua a ter dos mais baixos índices de criminalidade per capita da Europa. Isso é verdade, mas nenhum mérito lhe cabe por essa circunstância. E se os índices continuarem a crescer como cresceram em 2002 e 2003, em alguns anos estaremos acima da média Europeia.
Os cidadãos exigem medidas e acção nesta área. Querem mais patrulhamento, mais polícias na rua, mais visibilidade, mais proximidade e mais ambição.
Os profissionais da PSP, da GNR, do SEF, etc. estão desmotivados e descrentes, causticados pela não resolução de problemas relacionados com promoções, remunerações, horas extraordinárias e condições de trabalho.[…]
O relatório mostra que em 2003 houve nas forças de segurança 2 mortos, 16 feridos graves, 413 feridos ligeiros e mais 625 elementos agredidos. Esta criminalidade, que se insere num grave aumento de 24,6% dos crimes contra o Estado […]
[…] os agentes de autoridade e as forças de segurança são cada vez mais desrespeitados e mais agredidos. […]
O acréscimo de criminalidade contra agentes de autoridade deve ser seriamente ponderado pelo Governo. O enfrentamento dessa realidade passa por um novo esforço de dignificação da função policial junto dos cidadãos.
Mas o Governo terá de estar preocupado com outros aspectos onde se nota um agravamento da situação: quer a delinquência juvenil, quer a delinquência grupal aumentam em termos significativos. Esta última aumentou 7,1%. Conhecido que é o impacto da delinquência grupal no sentimento de insegurança das comunidades, urge criar um antídoto para suster esse crescimento.
O que resulta deste Relatório de 2003 é, em conclusão, desorientação e desinvestimento do Governo na área da segurança interna.[…]
Há a certeza de que esta é uma área que não é prioritária para o Governo, onde falta peso político, onde está ausente qualquer vontade ou ímpeto reformista e onde há falta de ambição.” Texto integral
18 de Junho de 2004
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