terça-feira, 12 de agosto de 2008

E agora, Europa?


A Guerra na Geórgia está a ser seguida com muita atenção pelos novos membros da EU e da NATO. A Europa, não foi até agora capaz de encontrar uma política externa comum e muito menos uma política de defesa. Esta é entendida como uma oportunidade para o fazer. Há alguns meses, na cimeira de Bucareste a EU dividiu-se entre a “velha e a nova Europa”. A “velha guarda Europeia”, liderada pela Alemanha e pela França opunham-se a uma entrada rápida da Geórgia e da Ucrânia na NATO, enquanto que a “nova Europa” queria puxar decididamente estes países para a sua órbita.

A “nova Europa” gostaria que a Europa assumisse uma política mais musculada diferente das declarações de circunstância que a CE tem emitido, exprimindo preocupação e pedindo às partes que “se entendam”, são entendidas como um sinal de fraqueza da EU relativamente, a uma Rússia, que enviou um sinal claro a todos os países da sua antiga esfera de influência de que a sua soberania é limitada. Este é o tempo certo para que a EU envie uma missão de paz para a Geórgia e mostre a sua determinação. Por isso, as visitas de Sarkozy e de Angela Merkel a Moscovo são aguardadas com muita expectativa nos novos países da UE, tanto mais que depois do cessar fogo, virão as negociações.

“A Guerra na Osséssia do Sul é a hora da verdade para a Polónia e para a Europa. Para a Polónia, porque integrando a EU e a NATO contribuímos com a nossa especial sensibilidade para os problemas do Cáucaso. Para a Europa, porque tem agora a hipótese de se reabilitar pelos longos anos de esquecimento, em nome das boas relações com Moscovo, relativamente aos problemas das nações e das suas fronteiras, sentenciando-os a suportar a Rússia e as suas políticas neo-imperialistas.”

Gazeta Wyborcza (Polónia), 11 Agosto


“The Baltics, having worked closely with Georgian international matters have much to say on the situation.

Minister of Foreign Affairs of Lithuania Petras Vaitiekunas is currently in Georgia assessing the situation.

“Having arrived in Georgia and observing the situation on the spot, I agree with the assessments of the situation by the international community, that Russian military forces have crossed all red lines by crossing an internationally-recognized border into the sovereign territory of Georgia,” said Vaitiekunas. “


“Estonian President Toomas Hendrik Ilves called on Europe to take charge in ending the Russian attacks in Georgia.

Ilves said that the scale and specificity of Russia's attacks indicated detailed planning.

"Essentially, Russia copied the Serbia and Kosovo scenario one-to-one: crippling of infrastructure, destroying military capacity, undermining the lawful regime and claiming humanitarian intervention."

Ilves said that the European Union must therefore resolutely support the legitimacy of the democratic and law-abiding government, which has not oppressed its own population in any way.

Ilves continued that "War has broken out in Europe, a European nation has fallen victim to the aggression of its neighbour, and the European Union, as the bearer of European values, cannot remain a helpless bystander."

Baltic Times

[...]Un même reproche s'exprime dans les rues de Tbilissi. Il s'adresse à l'Europe qui «nous abandonne encore une fois».

Le Figaro

Sem comentários: