Estou a falar do silêncio da China (mas poderia igualmente pensar na Índia ou do Brasil) ,relativamente, ao conflito entre a Geórgia e a Rússia. O incómodo chinês é notório. Apelou à resolução pacífica do conflito, eventualmente expressará “compreensão” mas dificilmente poderá ir mais além. O caso abre a caixa de Pandora que a China tanto tem evitado. A China tem razões para se “preocupar” com o reconhecimento da Osséssia do Sul e da Abecásia por Moscovo.
A Organização de Cooperação de Shangai, um grupo centro-asiático de segurança (composto por Tajiquistão, Cazaquistão, Uzbequistão e Kirguizistão), esteve reunido esta semana no Tajiquistão, com a presença da Medvedev mas, não expressou um apoio claro a Moscovo. A OCS, limitou-se a expressar o apoio ao plano de Paz apresentado por Sarkozy e a reconhecer o papel da Rússia no Cáucaso.
A China, está numa posição incómoda.. Por outro lado, compreende as razões de queixa de Moscovo no que toca à desconfianças em relação às revoluções rosa, laranja… e não pretende alienar futuros negócios do petróleo/gás. Mas, a China tem as suas próprias disputas territoriais com a Rússia e, além disso, tem o caso de Taiwan e, está ainda a braços com a questão do Tibete, entre outras.
Á China interessa-lhe manter uma certa distância em relação às acções de Moscovo, até para não mostrar ao Mundo, que ainda não está em posição de decidir verdadeiramente.
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